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08/05/2014
Ministro do MDIC fala sobre perspectivas do Mercosul no Senado
 
Brasília (8 de maio) – O Brasil quer, efetivamente, concluir uma zona de livre comércio na América do Sul, até 2016, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, em audiência realizada nesta
quinta-feira (8), na Comissão de Relações Exteriores do Senado. “Não temos uma política tímida de aliança comercial, temos uma política de cuidados e efetiva”, destacou.

Segundo ele, a proposta brasileira de antecipar o processo de desgravação aduaneira, de 2019 para 2016, será apresentada na próxima semana, na reunião do GMC, em Caracas (Venezuela).  Se aprovada, o Imposto de Importação
será zerado nas operações comerciais entre os países da região.

Ao falar sobre as perspectivas do Mercosul para este ano, Mauro Borges ainda falou da importância do bloco para o incremento do comércio regional, lembrando que o conteúdo desse comércio é fundamentalmente de produtos
manufaturados e de serviços tecnológicos ligados à atividade produtiva, com foco no setor automotivo. “Com os números, não podemos brigar”, ressaltou o ministro ao falar do aumento da corrente de comércio no Mercosul, que
cresceu apesar da crise econômica de 2009, quando era US$ 33 bilhões, chegando a US$ 50 bilhões em 2013.

De acordo com ele, esse comércio é vantajoso, mas o país precisa ir além e reforçar ou buscar novos acordos comerciais. O país quer aprofundar o acordo com o México, que atualmente é apenas na área automotiva, e com a Aliança
do Pacífico. A prioridade é fechar o acordo comercial Mercosul-União Europeia, por isso a ideia é apresentar a oferta do Mercosul até o início de junho e aguardar a proposta do bloco europeu. “Estamos sendo protagonistas nesse
processo”, reforçou.

Como vantagens do acordo Mercosul-União Europeia, o ministro explicou que o objetivo é multiplicar por até cinco vezes a exportação de produtos agrícolas brasileiros para a Europa, aumentar investimentos cruzados e a integração
produtiva, principalmente em setores reconhecidamente competitivos, como metal mecânico, automotivo e fármacos. ”O Brasil é um país fabril, com cadeias produtivas adensadas e base industrial sofisticada, por isso, os acordos
comerciais nos interessam porque não podemos ficar de fora do processo de integração da indústria mundial”, ressaltou.

Fonte: MDIC
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