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07/05/2014
Schaefer destaca oportunidades de ampliar trocas comercias e investimentos com a Tunísia
 
Brasília (7 de maio) - Como parte da política do governo federal de ampliar e diversificar os fluxos comerciais e de investimentos com os países da África, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ricardo Schaefer,
participou, nesta quarta-feira (6/5), do Fórum de Investimentos Brasil-Tunísia, na sede da Fiesp, em São Paulo.

"Identificamos que há potencial para cooperarmos nos setores automotivo, agroindustrial, de biocombustíveis, de mineração e de capacitação de mão de obra, entre outros", afirmou Schaefer durante palestra para empresários, representantes do governo e de entidades
de classe do Brasil e da Tunísia.

O secretário também lembrou que, em diversas oportunidades, a presidenta Dilma Rousseff tem reafirmado o interesse da sociedade brasileira em intensificar a pareceria do Brasil com os países africanos. "Sob a orientação da presidenta Dilma e em parceria com
diversos órgãos do governo federal, a equipe do MDIC tem trabalhado com o objetivo de apoiar o aumento da competitividade da indústria e a abertura de novos mercados", acrescentou.

O secretário também informou que o Brasil está buscando aperfeiçoar o ambiente de negócios por meio da transparência, da redução da burocracia, e atuando na resolução de controvérsias.  “Há espaço para ampliarmos nossa cooperação, que é um veículo poderoso
de aumento de comércio. Uma possibilidade que se abre, entre Brasil e Tunísia, é iniciarmos um diálogo exploratório no sentido de negociarmos um acordo de cooperação e facilitação de investimentos. O acordo dará mais segurança aos nossos empresários no sentido
de intensificar os investimentos bilaterais e a geração de empregos. O modelo de acordo foi forjado no âmbito da Camex e pretende criar um melhor ambiente para facilitar o diálogo, criando um elemento permanente entre os governos para dirimir controvérsias. Creio que
poderíamos trabalhar neste sentido”, disse.

Ao encerrar sua fala, Schaefer também enfatizou a importância do diálogo entre governo e setor privado. “Estamos aqui porque acreditamos que nossas trocas comerciais e os investimentos bilaterais podem ser ampliados como parte da diretriz do governo brasileiro de
reforçar a chamada parceria Sul-Sul, entre nações em desenvolvimento", concluiu.

O ministro tunisiano da Indústria, Minas e Energia, Kamel Ben Naceur, que participou do evento, destacou as vantagens do mercado tunisiano, que pode ser uma porta de entrada para produtos brasileiros na Europa. "Estamos muito perto de um mercado com 800
milhões de consumidores" salientou. "Assinamos vários acordos de investimentos para permitir acesso a mercados como Europa, Oriente Médio e África. Hoje, dois terços de nossas empresas são exportadoras, uma das maiores taxas do mundo", disse ele.
O Fórum de Investimentos Brasil-Tunísia foi organizado pela Embaixada da Tunísia no Brasil e pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, com apoio da Federação das Indústrias do Estado de  São Paulo (Fiesp). Também participaram do evento o embaixador da Tunísia
no Brasil, Sabri Bachtobji; o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira,  Marcelo Sallum; o chefe de Promoção Comercial e Investimentos do Ministerio das Relações Exteriores (MRE), Rodrigo de Azeredo Santos e o gerente de Internacionalização da Apex-
Brasil, Juarez Leal.

Intercâmbio Comercial

Em 2013, a corrente de comércio entre o Brasil e a Tunísia chegou a US$ 426 milhões. Foi a soma de exportações e importações realizadas por 436 empresas brasileiras. Os produtos básicos representaram 41,5% do total de exportações brasileiras para a Tunísia no
ano passado, com destaque para milho, café, farelo de soja, e carnes. A segunda maior participação na pauta foi a dos produtos semimanufaturados com 33,2%, dentre os quais se destaca o açúcar, que é o principal produto de exportação do Brasil para a Tunísia. No
período, os manufaturados - principalmente gorduras e óleos e máquinas mecânicas -   representaram 25,3% das vendas para o pais africano.

Fonte: MDIC
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