São Paulo – A multinacional Cargill e a Copersucar anunciaram nesta quinta-feira (27) que vão unir suas operações mundiais de comercialização de açúcar em uma joint-venture. Cada uma terá 50% da nova empresa, que ainda não tem nome. Segundo comunicado conjunto, a companhia terá escritórios em São Paulo, Miami, Dubai, Moscou, Nova Délhi, Bangkok, Hong Kong, Xangai e Jacarta. O negócio depende de aprovação de órgãos reguladores, o que está previsto para o segundo semestre deste ano.
No comunicado, o presidente do conselho de administração da Copersucar, Luis Roberto Pogetti, afirmou que a nova empresa irá reforçar a estratégia da Copersucar de consolidar sua “presença global” no mercado de açúcar. “A Copersucar também reforça seu modelo de negócios diferenciado, baseado na oferta em larga escala, capacidade logística e integração de todos os elos da cadeia, dos produtores aos clientes”, afirmou, no comunicado.
De acordo com informações da Copersucar, na safra 2012/2013 a empresa comercializou 7,8 milhões de toneladas de açúcar. Desse total, 6,1 milhões foram exportados e 1,7 milhão foram vendidos na América Latina e Brasil. Ainda segundo a Copersucar, a empresa detém 10% do mercado mundial de açúcar de livre comércio, que é estimado em 58 milhões de toneladas.
De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, (MDIC), no ano passado o Brasil exportou US$ 11,8 bilhões em açúcar, com volume de 50,9 milhões de toneladas. Em 2012, o valor exportado foi maior, US$ 12,8 bilhões, mas o volume foi menor: 46,2 milhões de toneladas.
Para os árabes, foram exportados em 2013 US$ 3,5 bilhões em receita e 8,2 milhões de toneladas em volume. Assim como nas exportações para os outros países, em 2012 o valor exportado para o Oriente Médio e o Norte da África foi maior do que em 2013 e somou US$ 4,2 bilhões. Já o volume foi menor, de 8 milhões de toneladas.
Ainda de acordo com a nota, a nova empresa será beneficiada pela presença das usinas que já atuam com a Copersucar, que reúne mais de 97 processadores de cana-de-açúcar, e da experiência logística das duas empresas. As usinas, os terminais e os negócios com etanol da Cargill e da Copersucar não foram envolvidos no negócio e continuam administrados separadamente por cada uma das companhias.
Fonte: ANBA