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27/02/2014
Câmara Árabe fará seminário com zona franca de Dubai
 
Dubai – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira e a Zona Franca de Jebel Ali (Jafza, na sigla em inglês) vão realizar um seminário em São Paulo em abril para mostrar às empresas brasileiras as vantagens em se instalar na zona franca de Dubai. O evento será organizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e poderá ser levado também ao Rio de Janeiro.

O vice-presidente sênior de vendas globais da Jafza, Adil Al Zarooni, afirmou nesta quarta-feira (26), na feira Gulfood, em Dubai, que pretende mostrar aos empresários brasileiros os benefícios em se instalar na Jafza. “Vamos levar nossa base de clientes aos empresários. Vamos mostrar que a Jafza é boa para quem deseja fazer negócios em Dubai.”

Para atuar na Jafza, a empresa recebe isenção de 50 anos no pagamento de taxas corporativas, que incidem sobre o faturamento da companhia. Também não há cobrança de impostos sobre a renda, nem sobre importações e reexportações. Companhias que instaladas no local não têm restrições para empregar funcionários estrangeiros, nem de circulação de moeda. O capital pode ser inteiro do investidor e não compartilhado com um sócio local, como ocorre fora de áreas do gênero em Dubai.

Segundo o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, o seminário irá explicar aos empresários como investir na região, o que é permitido e o que não é permitido fazer ali. “O foco maior da Jafza é no armazenamento. A empresa pode fazer outras etapas da produção, como embalar o bem de consumo, mas não pode, por exemplo, abater um animal ali”, exemplificou.

Produtos halal

Nesta quarta-feira, Zarooni e o presidente da Economic Zones World (EZW), Hisham Abdullah Al Shirawi, lançaram na Gulfood o plano da EZW de desenvolver na Jafza uma área destinada apenas ao processamento de produtos halal, ou seja, feitos de acordo com a tradição islâmica. Segundo Shirawi, há demanda de empresas de alimentos, bebidas, produtos farmacêuticos e de cuidados pessoais para operar no sistema halal em uma zona franca.

Zarooni disse que a meta de Dubai é também se tornar um centro de finanças islâmicas. “Queremos desempenhar um papel fundamental nas finanças da região. Os Emirados Árabes já são os principais distribuidores de produtos da região, mas acreditamos que podemos abrir novas oportunidades com a cadeia de suprimentos de produtos halal”, disse ele à ANBA.

Segundo levantamento da Jafza e da EZW, os produtos halal movimentam em média US$ 2,3 trilhões por ano. Desse total, o equivalente a US$ 166,9 bilhões são gerados no Golfo e US$ 15,8 bilhões, nos Emirados.

Fonte: ANBA
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