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19/02/2014
Exportações aos árabes caíram em janeiro
 
Queda foi de 9,61% em comparação com o mesmo mês de 2013. Redução no começo do ano é comum e a tendência é de recuperação nos próximos meses.

São Paulo – Caíram em janeiro as exportações brasileiras aos países árabes. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, os embarques renderam US$ 1,032 bilhão, uma redução de 9,61% em relação ao mesmo mês do ano passado. As exportações totais do Brasil somaram pouco mais de US$ 16 bilhões no primeiro mês de 2014, um crescimento de 0,37% na mesma comparação.
 
O principal importador dos produtos brasileiros em janeiro foi o Egito. O país do Norte da África comprou o equivalente a US$ 202,77 milhões, principalmente em carnes. As vendas foram 0,46% maiores do que no mesmo mês de 2013. A Arábia Saudita comprou US$ 200,44 milhões, 30,34% a menos do que em janeiro do ano passado e foi o segundo principal mercado do Brasil. Caíram os embarques de açúcar e cereais para os sauditas.

As compras dos Emirados Árabes Unidos recuaram 5,86% em janeiro. Caíram as vendas de produtos químicos, máquinas e eletrônicos, calçados e semelhantes, produtos minerais, celulose, pedras e cimentos, e material de transporte e partes. Por outro lado, os Emirados compraram 44,6% mais alimentos industrializados.

As vendas à Argélia, por sua vez, cresceram 119,8% e somaram US$ 107,53 milhões. As exportações ao país do Norte da África foram impulsionadas pelas compras de milho, que corresponderam a US$ 56,8 milhões.

Ainda de acordo com os dados do MDIC, as vendas para o Iêmen somaram US$ 60,16 milhões e tiveram aumento de 169,8%. Os embarques para o Marrocos caíram 34,6% para US$ 54,18 milhões. Omã importou US$ 46,2 milhões, uma redução de 50%; o Bahrein, US$ 35,08 milhões, alta de 141,5%; a Tunísia, US$ 33,17 milhões, redução de 38,7%; e a Líbia, US$ 26,3 milhões, queda de 36,8%.
 
De acordo com o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, é normal que as exportações sofram uma pequena redução no começo do ano. A expectativa para 2014 é de recuperação a partir de março.

“Janeiro e fevereiro, em função do inverno extremo em alguns países, têm um decréscimo de exportações, não só para o mundo árabe. [As vendas] caem de 12% a 13% e retomam fortemente a partir de março, já com os embarques da safra do período. Neste ano, as vendas do Brasil aos países árabes não devem cair. Alguns países vão comprar mais alimentos para atender a demanda interna, caso do Egito e Líbia. Os Emirados poderão comprar mais para reexportar e o Líbano e a Jordânia também”, afirmou Alaby.
 
Agronegócio

Em janeiro, as exportações do agronegócio brasileiro para os países árabes somaram US$ 814 bilhões, uma queda de 3,93% em comparação com janeiro do ano passado, segundo informações do Ministério da Agricultura (Mapa). Cresceram as exportações de carnes, complexo soja, chá, mate e especiarias, mas caíram as remessas de produtos florestais, oleaginosas (exceto soja), complexo sucroalcooleiro, produtos hortícolas e cereais.
 
As vendas de soja saltaram 815,1%, de US$ 1,3 milhão para US$ 12,3 milhões na comparação de janeiro de 2013 com janeiro deste ano. Já as vendas do setor sucroalcooleiro caíram 7,02% em receita para US$ 283,6 milhões. No entanto, a quantidade embarcada aumentou de 653 mil toneladas para 708 mil.
 
Entre os principais compradores do agronegócio brasileiro, as vendas para o Egito tiveram expansão de 7,7% e somaram US$ 168,6 milhões. Para os Emirados, cresceram 28,1% e chegaram a US$ 145 milhões. Os embarques para a Arábia Saudita caíram 32,3% e somaram US$ 158 milhões. Para a Argélia, as remessas subiram 113,7% e chegaram a US$ 101,1 milhões.

Fonte: ANBA
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