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22/02/2013
Empresas levam clientes à Gulfood
 
Na feira de alimentos em Dubai, companhias que integraram missão da Apex ao Oriente Médio pretendem bater o martelo com empresários que participaram das rodadadas de negócios em Jeddah e nos Emirados.

Dubai - Na área de alimentos, empresários que participaram de missão da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) ao Oriente Médio acreditam que contatos feitos vão virar pedidos durante a Gulfood, feira do ramo que ocorre em Dubai na próxima semana. A programação da delegação, que teve apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, terminou nesta quinta-feira (21), no emirado.

A Millen International, por exemplo, recebeu importadores interessados em wafers, biscoitos recheados e salgadinhos. “Temos perspectivas concretas de exportar para a Arábia Saudita e Dubai, em pelo menos três casos há possibilidades enormes de concretizar [negócios]”, afirmou Gilberto Millen, dono da companhia.

Na mesma linha, Sérgio Nunes, da Amazônia Energy, aposta no recebimento de encomendas de açaí e sorvetes de frutas amazônicas. “Recebemos bons contatos do Kuwait, Jordânia e Emirados, que podem realmente gerar negócios. Depende dos clientes provarem [os produtos] na feira, lá pretendemos finalizar o que começamos aqui”, declarou. Por se tratar de mercadorias que necessitam de refrigeração, as amostras só estarão disponíveis na Gulfood.

Nunes trabalha com um parceiro do Kuwait - para onde já vende, o empresário Sabah Al-Sabah, da empresa Braz Foods. Falando portunhol com desenvoltura, Sabah participou da missão trajado a caráter, dando um ar árabe ao grupo brasileiro, que contou também com o libanês Alain Whebe, da Chocolates Garoto. Bem humorado, o kuwaitiano fez amizade com boa parte da delegação.

Fernando Reis Costa, diretor comercial da Fazenda Caeté, que vende café torrado e moído em saquinhos, como chá, disse que o produto despertou muito interesse, mas acrescentou que, por se tratar de uma novidade, emplacá-lo no mercado vai demorar certo tempo. Ele aposta na concretização da negociação com um representante da rede de supermercados Spinney’s, com quem fez um primeiro contato em evento realizado no ano passado pela Câmara Árabe, em São Paulo.

A empresa já vendeu lotes para testes em hotéis de Dubai como Hilton e Fairmont, onde, de acordo com Costa, o produto foi bem aceito. “Nossa dificuldade é a distribuição, precisamos ter uma empresa por trás”, declarou.

A MBR, exportadora de alimentos, fez também balanço positivo das rodadas. Segundo Vanessa Costa, que trabalha com o representante da empresa no Oriente Médio, Aldo Novaes Labaki, foram feitas reuniões com importadores com grande potencial de compra. A companhia oferece frutas e verduras, alimentos industrializados, queijos, sucos, amêndoas e nozes, entre outras mercadorias.

De acordo com ela, a MBR já exporta limões e maçãs aos Emirados. Os produtos que atraíram mais interesse na missão foram as frutas frescas, sucos concentrados, farinha de milho, ovo líquido para uso na indústria e queijos.

Paulo Bergamaschi, da Bel International, de exportação e importação, afirmou que houve bastante procura por carnes enlatadas e arroz. No segundo caso, ele disse que o preço brasileiro não é muito competitivo, mas no cornned beef ele espera fechar negócios.

Magali Rovaroto, da trading Columbia, destacou que já chegou nos Emirados com alguns pedidos fechados e que nas rodadas atendeu mais gente do que estava previsto na agenda. Para ela, são grandes as possibilidades de novas vendas de frangos e carne bovina.

Fonte: ANBA
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