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21/02/2013
Brasileiros fecham negócios no Oriente Médio
 
Empresas que participaram de missão da Apex à região receberam pedidos, como no caso da Adami, de portas, ou saíram com negociações quase concluídas, como a Somopar, de móveis.

Dubai – A missão comercial ao Oriente Médio realizada esta semana pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) terminou nesta quinta-feira (21) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com negócios fechados ou praticamente concluídos pelas empresas brasileiras participantes. A viagem da delegação teve apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

A Adami S/A, fábrica de produtos de madeira de Santa Catarina, por exemplo, fechou a venda de dois contêineres de kits de portas, num total de 900 unidades. O contato foi feito em Dubai, mas o cliente é um distribuidor do Líbano, segundo o responsável pela divisão comercial da empresa, Clemente Távora. Os kits incluem as portas, os batentes e as guarnições.

A companhia atua fortemente no comércio exterior, com participação de 70% das exportações em suas vendas e tem como principais mercados os Estados Unidos, Europa, Canadá e Coreia do Sul. A participação na missão, porém, foi a primeira investida no Oriente Médio. “Foi muito positivo”, disse Távora, que contou ter ficado surpreso com o resultado.

Além do pedido recebido, o representante da Adami volta ao Brasil com pelos menos dois contatos que podem resultar em negócios feitos em Jeddah, na Arábia Saudita, e outros cinco em Dubai. A delegação visitou as duas cidades. Para ele, vale insistir no mercado da região. “Tenho capacidade ociosa na fábrica”, declarou, ou seja, tem condições de atender mais encomendas.

Outra empresa que teve uma experiência bem sucedida logo na primeira visita ao Oriente Médio foi a Somopar, fábrica de móveis do Paraná. “Fizemos seis contatos com negócios praticamente concretos”, afirmou Luiz Fernando Gasparoto, gerente de exportação.

A companhia não é tradicionalmente exportadora e decidiu iniciar pela região sua entrada no mercado externo. “Buscamos o mercado do Oriente Médio para ter a margem que julgamos necessária, enquanto outras empresas buscam outros continentes, como América Latina, Europa e África”, destacou Gasparoto.
A ideia é tentar evitar a concorrência com outras empresas brasileiras, e o gerente afirmou que não teme a disputa com produtos de outros países, inclusive da China. “Nós conseguimos ter um preço competitivo com nossa escala de produção”, ressaltou. O principal foco da companhia é o fornecimento de móveis planejados para projetos de construção.

Quem fez contatos também com representantes do setor de construção foi Marc Olivier Dotto, responsável pela área de comércio exterior da Astra, indústria de produtos para banheiros. “São empreendedores de projetos que precisam de itens para banheiros, alguns interessados em produtos mais populares, mais baratos, para canteiros de obras”, declarou.

A fábrica já vende para os Emirados, onde tem dois importadores “que compram bem”, mas mesmo assim quer ampliar a carteira de clientes. “Fizemos contatos bons que podem dar resultado”, disse Dotto.

Fonte: ANBA
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