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15/02/2013
Governo fará ofensiva a favor da carne
 
Técnicos do Ministério da Agricultura vão visitar países que impuseram alguma restrição à carne bovina brasileira desde dezembro de 2012. OIE manteve status do produto como "risco insignificante".

São Paulo – O Ministério da Agricultura vai enviar delegações para os países que impuseram algum tipo de restrição à compra de carne brasileira desde que o próprio ministério revelou, em dezembro de 2012, que foi detectado o agente causador da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como mal da vaca louca, em uma fêmea do rebanho paranaense que morreu em 2010. O animal morreu sem desenvolver a doença.

Segundo nota do ministério divulgada nesta quinta-feira (14), três missões de técnicos da pasta irão ao exterior entre os dias 28 de fevereiro e 22 de março. Além das nações que receberão delegações, Chile e Peru haviam pedido informações detalhadas sobre o caso e, segundo o ministério, a expectativa é que levantem as restrições em breve.

O secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, e o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques, visitarão Arábia Saudita, Catar, Bahrein e Omã a partir de 28 de fevereiro. A equipe formada pelo diretor do Departamento de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias, Lino Colsera, e pelo coordenador substituto de Combate a Doenças, Carlos Pizarro, irá para Egito, Jordânia, Líbano e Kuwait. Já o secretário de Relações Internacionais do ministério, Célio Porto, e a coordenadora-geral de Combate a Doenças, Denise Mariano da Costa, irão para Japão, China e África do Sul entre 18 e 22 de março.

As viagens das delegações não contemplam outros países que embargaram o produto brasileiro, como é o caso de Bielorrússia, Coreia do Sul e Taiwan.

A decisão do ministério foi anunciada três dias após a Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) manter como “risco insignificante” o status da carne brasileira. O parecer foi divulgado depois que técnicos do governo foram sabatinados na OIE, entre 04 e 08 de fevereiro, em Paris.

A OIE reconhece, em nota, que o Brasil procedeu adequadamente ao descartar o animal e evitar que suas partes entrassem na cadeia de alimentos ou rações. Mas a instituição observou que o País demorou a divulgar o caso e pediu que o Brasil aperfeiçoe o monitoramento sobre o seu rebanho. Também afirmou que irá receber informações adicionais do País no próximo encontro que será realizado na instituição, em setembro.

Na nota do Ministério da Agricultura, o secretário Célio Porto afirmou que as visitas técnicas são importantes para restabelecer as “negociações comerciais”. Segundo o ministério, mesmo com o embargo as exportações de carne bovina estão crescendo. Em janeiro somaram US$ 409,2 milhões, 36% a mais do que no mesmo período de 2012.

Fonte: ANBA
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