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07/02/2013
Produção e vendas de veículos batem recorde
 
Dado divulgado pela Anfavea indica crescimento na fabricação de 31,9% em janeiro na comparação com o mesmo período de 2012. Vendas no mês foram de 297,2 mil unidades.

São Paulo – A produção de autoveículos atingiu recorde em janeiro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (06) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram fabricadas 279,3 mil unidades entre veículos leves, caminhões e ônibus, alta de 31,9% em comparação com as 211,7 mil unidades do mesmo mês de 2012 e aumento de 7,7% na comparação com dezembro. Houve recorde também na venda de autoveículos, como já havia adiantado no último dia 1° a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave): 311,5 mil, 16,1% a mais do que um ano antes.
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O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, reconheceu que parte das vendas refere-se a veículos que foram negociados em dezembro, porém faturados em janeiro. Ele afirmou, contudo, que o setor teve um bom mês de janeiro porque há crédito, inadimplência em queda e um aumento pequeno do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

"Janeiro foi bom porque foi colocado somente 2% de aumento de IPI nos veículos e isso permitiu que, com os juros baixos, com os preços dos veículos baixos, (a compra) pudesse caber no bolso (do consumidor). Também é um sinal de que o país está indo bem, porque você tem pleno emprego (taxa de 5,5% de desemprego em 2012) e um nível de produção e venda de automóveis recorde em janeiro", afirmou Belini. Ele também disse que a produção cresceu porque as vendas em dezembro foram altas (343,8 mil unidades) e os estoques ficaram baixos.

A Anfavea estima que neste ano a produção de veículos deverá ser entre 3,5% e 4,5% maior do que a de 2012 e chegar a 3,970 milhões. A produção de máquinas agrícolas deverá crescer entre 4% e 5% e atingir as 72,9 mil unidades. "Para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 3% e 4%, que é o projetado neste ano, temos condições de vender esse volume com 4%, 4,5% (de crescimento) neste setor", afirmou Belini, que também é presidente da Fiat na América Latina.

Máquinas agrícolas

As vendas de máquinas agrícolas também foram maiores em janeiro. Foram vendidas 5.859 unidades, 32,6% a mais do que as 4.417 comercializadas em janeiro de 2012 e 2,3% a mais do que em dezembro. De acordo com o diretor da Anfavea, Milton Rego, o aumento nas vendas deve ser atribuído ao desempenho da agricultura brasileira.

"Continua o bom momento deste setor, que começou em setembro, quando houve a redução para 2,5% do PSI (taxa de juros do Programa de Sustentação do Investimento) e com o excelente momento que o agronegócio vive. Há um otimismo com os preços do milho e da soja, mais produtividade e produtores mais capitalizados", afirmou Rego. Em janeiro, foram produzidas 6.133 máquinas agrícolas, 9,5% a menos do que as 6.776 fabricadas em janeiro do ano passado e 6,1% a mais do que em dezembro de 2012.

Falta de competitividade

Se, por um lado, o mercado interno anima os produtores, por outro as exportações decepcionam. Em janeiro as vendas de veículos para o exterior chegaram a 36,2 mil unidades, 9,5% a mais do que em janeiro de 2012, quando foram exportadas 33,1 mil unidades. No entanto, o US$ 1,003 bilhão de receita obtido no primeiro mês de 2012 representou uma queda de 6,1% em relação ao obtido um ano atrás. A previsão da Anfavea é que as exportações de veículos caiam 4,6% neste ano, para 420 mil unidades.

Já entre as máquinas agrícolas, a queda nas exportações foi de 46,4% tanto na comparação com janeiro de 2012 como na comparação com dezembro. No primeiro mês de 2013 foram exportadas 817 máquinas. Em janeiro e em dezembro de 2012, haviam sido exportadas 1.523 unidades. A estimativa da associação é que as exportações fiquem estáveis em 16,9 mil unidades e em US$ 14,7 bilhões de receita, como em 2012.

Para Belini, a falta de competitividade do produto brasileiro é o principal desafio para aumentar as exportações. Ele disse que as projeções da Anfavea são de redução das exportações porque o setor teve aumento de alguns custos no começo deste ano e porque o câmbio não é favorável. Ele reconheceu, no entanto, que o governo brasileiro está tentando diminuir custos, como é o caso da recente redução das tarifas de energia elétrica.

Fonte: ANBA
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