São Paulo – O saldo da balança comercial brasileira continua negativo neste mês. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (14) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o País exportou US$ 4,027 bilhões e importou US$ 4,905 bilhões na segunda semana de janeiro, o que resultou em déficit de US$ 878 milhões. No acumulado do ano, o País exportou US$ 6,277 bilhões e importou US$ 7,255 bilhões, com déficit de US$ 978 milhões.
A média diária de exportações na segunda semana de janeiro foi de US$ 805,4 milhões, um crescimento de 7,4% em relação à primeira semana. As exportações de manufaturados cresceram 12,9%, com destaque para automóveis de passageiros, açúcar refinado e óxidos e hidróxidos de alumínio. As remessas de produtos básicos aumentaram 12,7%, especialmente de minério de ferro, petróleo e carne de frango. Por outro lado, as exportações de semimanufaturados caíram 16,4%, principalmente as de açúcar bruto, celulose e manufaturados de ferro ou aço.
A média diária das importações cresceu 25,2% em relação à primeira semana de janeiro e deve-se, segundo o MDIC, ao aumento dos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos e equipamentos elétricos e eletrônicos.
No acumulado do mês, a média diária das exportações está em US$ 784,6 milhões, alta de 6,9% em relação ao mesmo período de 2012, com avanço nos embarques de produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados. Na comparação com dezembro de 2012, houve queda de 20,5%.
Já as importações em janeiro de 2013 chegam à média diária de US$ 906,9 milhões, 14,3% maior do que no mesmo período do ano passado. Os gastos com produtos químicos cresceram 67%; com cereais e produtos de moagem, 48,1%; com produtos farmacêuticos, 39,4%; com combustíveis e lubrificantes, 39,3%; e com fibras sintéticas e artificiais, 30,7%. Na comparação com dezembro de 2012, as importações registram alta de 3,6%.
Em 2012, o País obteve superávit de US$ 19,438 bilhões na balança comercial, o resultado mais baixo desde 2002, e 34,7% menor do que o registrado em 2011. O governo brasileiro atribuiu o desempenho à crise internacional.
Fonte: ANBA