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11/01/2013
Exportação do agronegócio foi recorde em 2012
 
Vendas externas brasileiras do setor somaram quase US$ 96 bilhões, um aumento de 1% sobre 2011. Houve crescimento dos volumes embarcados, mas queda na média de preço dos produtos.

São Paulo – As vendas externas do agronegócio brasileiro somaram US$ 95,81 bilhões no ano passado, um aumento de 1% sobre 2011, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O valor é recorde.

Apesar do crescimento pequeno, o desempenho do setor foi melhor do que o das exportações brasileiras como um todo, que caíram 5,3% em 2012 em comparação com o ano anterior.

“Os números comprovam a força do agronegócio brasileiro. O País está cada vez mais competitivo internacionalmente e continuaremos trabalhando, ao lado dos produtores, na busca de novos mercados”, disse o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, segundo nota do Mapa.

O desempenho foi influenciado pelo aumento de 8,6% no volume exportado, uma vez que o preço dos produtos caiu em média 7,1% ao longo do ano. As cotações, de acordo com o Mapa, foram forçadas para baixo pela crise econômica internacional.

As exportações que mais cresceram foram as do complexo soja (grãos, farelo e óleo); fumo e seus produtos; cereais farinhas e preparações, com destaque para o milho; fibras e produtos têxteis; e animais vivos. A receita com os embarques de milho cresceu 101,5% e chegou a US$ 5,29 bilhões, mas as maiores vendas foram mesmo as do complexo soja (US$ 26,11 bilhões).

Entre alimentos de origem animal, as vendas de carne bovina somaram US$ 5,35 bilhões, um crescimento de 7,39% em relação a 2011. O valor foi recorde. Refletindo a tendência do setor, a quantidade exportada aumentou em detrimento do preço médio. Os embarques de frango, porém, recuaram 5,4% e ficaram em US$ 7,2 bilhões.

No complexo sucroalcooleiro, as exportações de etanol somaram US$ 2,2 bilhões, um avanço de 46,5% sobre o ano anterior. As vendas externas de açúcar, no entanto, caíram 14% e ficaram em US$ 12,8 bilhões.

Os maiores mercados do Brasil foram China, Estados Unidos, Holanda, Japão e Alemanha. Países da Ásia, porém, foram os destinos que mais cresceram. O Mapa destacou ainda o aumento das vendas ao Egito (13%), Emirados Árabes Unidos (8%) e Arábia Saudita (0,1%).

Café

Também nesta quinta-feira, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgou o balanço das exportações da commodity. No ano passado, os embarques renderam US$ 6,353 bilhões, 27,1% a menos do que em 2011. Neste caso houve redução de preço e de volume. Foram embarcadas 28,3 milhões de sacas de 60 quilos, uma queda de 15,5% em comparação com 2011.

Mesmo assim, o Cecafé considerou o resultado positivo, segundo nota do órgão. “A queda apresentada no volume das exportações pode ser justificada em grande parte pelas chuvas nas regiões produtoras, que acabaram atrasando a colheita”, disse o diretor-geral da entidade, Guilherme Braga, de acordo com a nota. “Essa redução no volume acabou impactando a receita, que também sofreu com a queda nas cotações refletidas nas variações do preço médio”, acrescentou. Ele destacou, no entanto, que o desempenho de dezembro, com 2,9 milhões de sacas exportadas ficou próximo do que é considerado normal.

Para 2013, Braga aposta em exportações de 30 milhões a 31 milhões de sacas, o que, se confirmado, vai representar um aumento de 7% a 10% sobre 2012. As receitas, segundo ele, poderão ficar entre US$ 6,7 bilhões e US$ 7 bilhões. Em sua avaliação haverá alta moderada dos preços médios.

Para os países árabes foram embarcadas 1,1 milhão de sacas de café em 2012, uma redução de 12% em relação a 2011. As receitas recuaram 15% e ficaram em US$ 210,8 milhões.

Fonte: ANBA
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