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04/01/2013
Limeira exporta joias folheadas para árabes
 
Município paulista tem cerca de 500 indústrias e 300 lojas voltadas ao segmento. O polo exporta para 20 países e já fez embarques para Líbano, Emirados e Catar.

São Paulo – O polo fabricante de joias folheadas de Limeira, cidade do interior paulista, já enviou seus produtos para o mercado árabe. O município é responsável por 70% da exportação nacional e por 90% da exportação estadual de joias folheadas e já fez vendas para Líbano, Emirados Árabes Unidos e Catar, de acordo com o vice-presidente da Associação Limeirense de Jóias (ALJ), Rodolfo Dib Mereb Júnior. Os árabes também costumam frequentar a feira de joias que o município promove anualmente, a Aljoias.
“Temos dados de produtos exportados para o Líbano, Emirados e Catar. Porém, foram vendas esporádicas, na tentativa de conquistar um mercado que tem alto poder aquisitivo e preferência por joias em ouro e prata”, afirma o vice-presidente. Mereb acredita que os turistas que visitam o mundo árabe podem ser consumidores da joia folheada brasileira. “O árabe ainda não tem identificação e afinidade com a joia folheada, então talvez a porta de entrada deste produto seja o turista que movimenta grande parte desta economia”, diz.
O polo de Limeira exporta para cerca de 20 países e os principais mercados estão na América Latina. A feira Aljoias recebe clientes de pelo menos 20 países. Mereb afirma que as joias folheadas de Limeira são muito bem aceitas em função do design das peças e da qualidade com a qual são fabricadas. “Nossas pedras naturais agregam um imenso valor aos produtos e têm grande aceitação em todo o mundo. Nosso poder de criação, aliado a nossa qualidade e aos produtos alternativos, fazem, com que nossas joias folheadas se sobressaiam”, afirma.

Não há dados sobre os volumes de fabricação das joias folheadas, mas segundo a ALJ, Limeira responde por 50% da produção nacional. O polo é formado por cerca de 500 empresas, além de 300 lojas voltadas para o setor. A maioria das indústrias, 95%, são de micro e pequeno porte. As peças são feitas seguindo as tendências dos principais centros de moda do mundo, segundo Mereb. Há também, segundo ele, influência da televisão, das telenovelas na criação das coleções para o mercado interno, com inspiração no que usam as atrizes.

O vice-presidente da ALJ conta que a atividade de produção de joias folheadas não é recente no município, mas a concentração de empresas da área na região aumentou. A história do setor, na cidade, começou em 1938 com a abertura de uma oficina de consertos de joias fundada por João Martins Cardoso, seu filho Eduardo Urbano Cardoso e Sylvio Cavasin, que depois foi transformada em uma indústria.

Os negócios dos Cardoso entraram em declínio, mas muitos dos funcionários da empresa se originaram várias pequenas indústrias de joias folheadas impulsionadas pela preferência do brasileiro por produtos mais baratos do que os feitos de ouro. Limeira chegou ser polo de produção de laranja, nos anos 60, e depois se concentrou no setor de metalurgia, mas hoje um terço da população economicamente ativa – 45 a 50 mil pessoas - trabalha direto ou indiretamente no segmento de joias folheadas.

Fonte: ANBA
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