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04/01/2013
Líbano suspende carne do Paraná
 
Estado, no entanto, não vendeu o produto ao país árabe no ano passado. Peru anunciou restrição à mercadoria produzida no Brasil todo.

Brasília - O Peru e o Líbano anunciaram restrições à compra de carne bovina do Brasil. O Ministério da Agricultura (Mapa) confirmou nesta quinta-feira (03) que o país latino publicou em seu Diário Oficial a decisão de suspender as importações por 90 dias. A Embaixada do Líbano em Brasília informou sobre a suspensão de compras da carne do Paraná, por tempo indeterminado. O governo brasileiro não recebeu comunicado formal de nenhum dos dois países.

Na prática, a decisão libanesa gera pouco efeito. Embora o país do Oriente Médio importe carne e gado vivo do Brasil, nada foi adquirido do Paraná de janeiro a novembro do ano passado, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

No caso do Peru, as importações de carne bovina do Brasil somaram US$ 15,63 milhões no mesmo período, segundo o MDIC.

Até agora nove países impuseram alguma restrição às compras da carne brasileira. Além de Peru e Líbano, Coréia do Sul, Arábia Saudita, Japão, África do Sul, Taiwan, Egito e Chile. O Egito suspendeu as compras do gado exportado pelo estado do Paraná, e o Chile de farinha de carne e ossos do rebanho bovino brasileiro.

O motivo da paralisação das importações é a confirmação da presença do agente causador da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), o mal da vaca louca, em um animal morto no Paraná em 2010. O Mapa divulgou a morte no dia 07 de dezembro e informou à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A organização manteve a classificação de risco da carne brasileira como “insignificante” para a doença.

De acordo com o Mapa, o caso é uma ocorrência “não clássica” da doença e, por isso, não oferece risco aos consumidores. O governo brasileiro está apresentando os resultados de exames aos países importadores a fim de esclarecer de que não houve manifestação da doença.

O governo brasileiro ameaça recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), caso as restrições não sejam levantadas até março.

Fonte: ANBA
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