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14/12/2012
Brasil importa 59% a mais dos árabes
 
Petróleo e derivados fizeram com que as importações de produtos da região chegassem a quase US$ 1 bilhão em novembro, mas o País ainda mantém superávit.

São Paulo – Subiram em novembro e no acumulado do ano as importações que o Brasil fez dos países árabes. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em novembro o País gastou US$ 999,57 milhões com compras da região, alta de 59% em relação ao mesmo mês de 2011. O crescimento foi impulsionado pelo petróleo e seus derivados. Já as exportações aos árabes caíram. O Brasil faturou US$ 1,311 bilhão com vendas para a região no mês passado, 7,76% a menos do que em novembro de 2011. Os números do MDIC foram compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

De janeiro a novembro, O Brasil importou o equivalente a US$ 10,4 bilhões dos países árabes, 12% a mais do que no mesmo período do ano passado. Em 2012, o superávit do País com o Oriente Médio e Norte da África está em US$ 3,1 bilhões, uma queda de 31,65% em relação aos 11 meses de 2011.

Em novembro deste ano, o Brasil importou US$ 785 milhões em petróleo e combustíveis dos árabes, contra US$ 423,2 milhões no mesmo mês de 2011. A alta ocorreu não só nos valores, mas nos volumes importados. Na mesma comparação, foram 943,9 mil toneladas ante 488,7 mil, quase o dobro. O óleo bruto foi o item mais adquirido (US$ 434,1 milhões), seguido do querosene de aviação (US$ 210,2 milhões).

Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires afirma que as compras de petróleo do mundo árabe substituíram as importações de gasolina de outras origens.

“O Brasil estava importando muita gasolina, mas passou a importar petróleo leve dos árabes e a produzir a gasolina aqui a partir deste petróleo. É mais barato do que comprar a gasolina pronta”, afirmou Pires. Ele disse que o consumo de gasolina deverá encerrar 2012 com aumento de 12% em relação a 2011, um crescimento bem maior do que o previsto para a economia brasileira. Pires acredita que essa tendência de importar petróleo bruto dos árabes deverá permanecer nos próximos meses.

No acumulado do ano, o País importou US$ 8,6 bilhões em petróleo e derivados dos árabes, contra US$ 7,4 bilhões de janeiro a novembro de 2011.

Além do petróleo, cresceram em novembro as importações de fertilizantes. Foram US$ 151 milhões neste ano contra US$ 130,5 milhões importados no mesmo período de 2011. Entre os fertilizantes, aqueles que o Brasil mais importou foram diidrogeno fosfato de amônio (US$ 55,6 milhões) e ureia (US$ 55,5 milhões). Outros dos principais grupos de produtos importados pelo Brasil foram sal, enxofre, terras e pedras; plástico e suas obras, produtos químicos inorgânicos; máquinas e alumínios.

Exportações

As exportações não acompanharam o aumento das importações e caíram. Além da queda de 7,76% registrada em novembro, as remessas de produtos do Brasil para os países do Oriente Médio e do Norte da África registram queda de 2,27% no acumulado do ano. Entre janeiro e novembro, o Brasil exportou US$ 13,511 bilhões. Entre janeiro e novembro de 2011 foram US$ 13,824 bilhões.

Açúcar foi o principal produto exportado pelo Brasil para os países árabes, mas as remessas foram menores do que em 2011. Em novembro de 2012, o Brasil exportou US$ 409,7 milhões em açúcar para a região. No mesmo período de 2011, foram US$ 506,2 milhões.

Carnes foram o segundo grupo de produtos mais exportado aos países árabes, com um pequeno aumento. Neste ano, o Brasil exportou US$ 345,4 milhões em carnes para a região, mais do que os US$ 321,4 milhões de novembro de 2011.

Os minérios continuam a ser o terceiro grupo de produtos brasileiros mais exportados para o mundo árabe, mas também em queda. Em novembro, o Brasil remeteu US$ 148,1 milhões em minério de ferro para a região. No mesmo mês de 2011, foram US$ 286,1 milhões.

Entre os países, o principal destino das exportações brasileiras em novembro foi a Arábia Saudita, que comprou o equivalente a US$ 224 milhões. Em seguida, vêm os Emirados Árabes Unidos, Egito, Omã e Catar.

A Arábia Saudita também lidera a lista dos principais fornecedores do Brasil. Exportou US$ 282,4 milhões ao País e foi seguida por Iraque, Kuwait, Marrocos e Catar.

Fonte: ANBA
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