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13/12/2012
Brasil é atração em parque de Dubai
 
Pavilhão brasileiro no parque temático Global Village tem lojas com produtos e comidas típicas nacionais. É a primeira participação do país no evento, que recebe mais de quatro milhões de visitantes.

São Paulo – Um parque temático dedicado à diversidade dos países, com atrações que vão de produtos típicos e comidas a shows e apresentações culturais. Este é o Global Village, evento que fica aberto durante seis meses por ano em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e que pela primeira vez conta com a presença de um pavilhão brasileiro.

Uma estrutura que reconstrói o Museu do Ipiranga, localizado em São Paulo, é a fachada para os visitantes entrarem em um espaço com 36 lojas, um restaurante e uma lanchonete. “Trouxemos produtos como pedras de Minas Gerais, cosméticos do Amazonas, travesseiros do Paraná, artesanato de capim-dourado do Tocantins, prataria de São Paulo e lingerie e biquínis do Rio Grande do Sul”, conta Hassan Bassam, responsável pelo pavilhão do Brasil no evento.

A comida brasileira está presente no restaurante, que serve, por exemplo, arroz e feijão, e na lanchonete, que oferece a típica coxinha de frango. Biscoitos caseiros e café também podem ser comprados nas lojas do pavilhão.
“Levamos uma banda, a Samba de Saia, de Curitiba, que está se apresentando faz dois meses. A partir do dia 15 deste mês, teremos também apresentações de dança de salão, com dançarinos do Rio de Janeiro, e exibições de embaixadinhas”, conta Bassam sobre as atrações do pavilhão.

Bassam nasceu no Líbano, mas se mudou há 16 anos para o Brasil, casou-se com uma brasileira, teve filhos aqui e conquistou a dupla cidadania. Agora, com a organização do pavilhão do Brasil no Global Village, ele vive metade do ano no Brasil e a outra metade nos Emirados.

Morando em Curitiba, no Paraná, ele montou a empresa Sarah Exportação e Importação e começou a trazer produtos de países árabes ao Brasil. Com um bom relacionamento entre as duas regiões, Bassam foi convidado para montar o pavilhão do Brasil no Global Village. Recebeu o apoio da empresa Al Warqaa, de Dubai, e topou a empreitada.
O investimento para entrar no parque foi de US$ 500 mil, incluindo desde a montagem e transporte de mercadorias até a contratação de 48 funcionários que deixaram o Brasil para trabalhar no evento.

Segundo o empresário, a participação brasileira tem feito bastante sucesso no parque. “Nosso pavilhão está sendo muito visitado. É uma grande atração por ser nosso primeiro ano”, diz. Ele afirma que o pavilhão já foi visitado pelo xeque Mohammed bin Rashid al Maktoum, governante de Dubai, e por Sultan bin Mohammed Al Qassimi, governante do emirado de Sharjah.

Novos negócios

Bassam diz que espera pelo final do evento para avaliar se deverá realizar uma nova participação no Global Village, mas ele conta que já fechou contrato para montar um pavilhão nos mesmos moldes em um evento no Kuwait, em agosto do próximo ano.

“Estou indo para Abu Dhabi, para negociar e há possibilidades de fazermos [um pavilhão] também no Catar”, revela. Com as novas oportunidades em outros países árabes, Bassam destaca que quer atrair mais empresas brasileiras para estes eventos. Ele diz que, somente para o Kuwait, precisará levar 80 empresas nacionais. “É uma abertura muito grande que estes eventos oferecem para as companhias brasileiras. Além disso, nossa empresa dá toda a assessoria para a participação dos interessados”, afirma.

O Global Village

Criado em 1996, o parque permanece aberto durante seis meses, sempre de outubro a março. De acordo com Bassam, a ideia de montar um evento que reunisse atrações de diversos países foi de uma universitária palestina que morava em Dubai e apresentou o projeto ao xeque do emirado, que o aprovou e criou o Global Village.

O parque tem recebido mais de quatro milhões de visitantes a cada edição. O Global Village abre todos os dias, com ingressos de 5 e 10 dirhans, a moeda local (R$ 2,82 e R$ 5,65). Às segundas-feiras, o parque é aberto somente à visitação de famílias, não sendo permitida a entrada de homens ou mulheres desacompanhados.

Além do Brasil, o parque conta com outros 30 pavilhões nacionais, entre eles os do Marrocos, Catar, Tunísia, Vietnã, Paquistão, Iêmen, Turquia, Síria, Líbano, Egito, Palestina, Espanha e China. A atual edição do evento começou em 21 de outubro deste ano e vai até 30 de março de 2013.

Fonte: ANBA
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