Argel – As importações de alimentos da Argélia somaram US$ 7,36 bilhões de janeiro a outubro, uma redução de 9,7% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (04) pelo departamento alfandegário do país. Os alimentos correspondem a 19% das importações totais argelinas.
O desempenho foi influenciado pela baixa nas compras externas de uma série de produtos, especialmente as de cereais, semolina e farinhas, que caíram 34,2%, de US$ 4,06 bilhões nos 10 meses de 2011 para US$ 2,67 bilhões no mesmo período deste ano. Houve também uma redução significativa nas importações de açúcar, que passaram de US$ 1,16 bilhão para US$ 790 milhões, uma queda de 32% na mesma comparação.
Outros itens que tiveram as compras reduzidas foram os lácteos, com um recuo de 27,7% para US$ 1,12 bilhão, e os legumes secos, com baixa de 38,6% para US$ 243 milhões. As importações de café e chá diminuíram 8,12% para US$ 328 milhões.
Na mão contrária, ocorreu aumento das importações de carnes, de 43,64% para US$ 237 milhões.
As compras externas totais da Argélia somaram US$ 34,41 bilhões de janeiro a outubro, uma queda de 3,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Além dos alimentos, houve recuo também nas aquisições de produtos industrializados, equipamentos agrícolas e semimanufaturados.
As exportações argelinas, por sua vez, renderam US$ 61,64 bilhões, um crescimento de 5,7% sobre os 10 primeiros meses de 2011. Com isso, o país acumulou um superávit comercial de US$ 23,23 bilhões, um aumento de 26% na mesma comparação. A Argélia exporta basicamente produtos da cadeia de petróleo e gás.
Do Brasil, os argelinos importaram o equivalente a US$ 975,7 milhões de janeiro a outubro, uma queda de 23% em relação ao mesmo período de 2011, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os principais itens comercializados foram açúcar, óleo de soja, milho, trigo e carne bovina.
As vendas argelinas ao País somaram US$ 2,844 bilhões, um avanço de 1,66% na mesma comparação. Foram embarcados produtos como naftas para petroquímica, petróleo, gás liquefeito, querosene de aviação e fosfatos.
Fonte: ANBA