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04/12/2012
Chilli Beans planeja 35 lojas no Oriente Médio
 
Marca brasileira de óculos escuros abriu franquia na Cidade do Kuwait há 20 dias e tem planos audaciosos para a região. Empresa possui 40 lojas no exterior e 550 no Brasil.
São Paulo – A marca de óculos e acessórios Chilli Beans pretende ter 35 pontos de venda no Oriente Médio em quatro anos. A primeira loja foi aberta na Cidade do Kuwait há 20 dias com vendas bem acima das expectativas. “A meta era vender de sete a oito peças por dia, mas estamos vendendo 22 peças ao dia”, afirmou à ANBA o fundador e dono da empresa, Caito Maia. A abertura da unidade é o começo de um grande plano para a região que segue com lojas nos Emirados Árabes Unidos, Catar, Omã e chega até países como o Líbano.

Os negócios na região devem ser levados adiante pelo mesmo empresário que inaugurou a loja no Kuwait, Marzooq Al Marzouk, cuja família tem operações na área de shopping centers e varejo na região. O empresário árabe chegou até Maia depois de conhecer a loja da Chilli Beans em Santa Mônica, no estado da Califórnia. Por ser uma cidade turística, Santa Monica recebe pessoas do mundo todo e acabou se tornando uma vitrine para a marca brasileira. “Ele viu a loja lá e entrou em contato conosco”, relata.

O dono da Chilli Beans acredita em uma expansão promissora no Oriente Médio em função do faixa de mercado na qual se estabeleceu: óculos a partir de US$ 55, com qualidade igual aos que são vendidos no exterior por US$ 150 a US$ 200. “E com dez modelos novos por semana”, lembra o empresário. As lojas da marca recebem semanalmente dez novos modelos de óculos escuros, além de cinco novos relógios e três óculos de grau. Ele vê, no Oriente Médio, uma carência grande de produtos e um potencial “maravilhoso” de consumo.

Maia afirma que tem admiração pelo mundo árabe, por iniciativas como a formação das cidades de Abu Dhabi e Dubai, a atração para lá de faculdades e a visão de xeques locais, com planos para os próximos 50 anos. “É um lugar formador de opinião mundial”, afirma o empresário. Maia é paulistano e tem 43 anos.

Gigante de óculos

A Chilli Beans tem atualmente 40 lojas no exterior, nos Estados Unidos, Portugal, Colômbia e Angola, além do Kuwait. Há cerca de um ano a empresa contratou um CEO para ficar estabelecido em Los Angeles e conduzir a expansão da marca nos EUA. A Chilli Beans tem uma unidade no país há cinco anos e abriu mais nove em 2012. Até o final de 2013 a meta é ter 40 pontos de venda. Maia acredita que o mercado norte-americano servirá de vitrine para o mundo e com isso a marca se expandirá também para outros países.

No Brasil, a marca chega ao final deste ano com 550 pontos de venda, dos quais 320 lojas e 230 quiosques. As unidades estão em todos os estados do País e são quase todas franquias. Apenas nove são pontos de venda próprios e servem para contato direto da marca com o cliente final, para fazer testes e entender melhor o consumidor. O fundador da Chilli Beans deixa claro que o seu negócio é “gestão de marca”. Tanto que a fabricação também é terceirizada, 70% é feita na China e 30% no Brasil.

Dona da pimentinha

A Chilli Beans é conhecida no País principalmente pelos óculos escuros cujo símbolo é uma pimentinha. Mas a empresa também vende óculos de grau, relógios e outros acessórios, como bonés. A marca ocasionalmente é licenciada e já figurou em produtos como bicicletas, cuecas, meias, lingeries, entre outros. Estes itens, no entanto, não são comercializados nas franquias, mas em seus próprios canais de venda. Maia pensa em inserir as bolsas como produtos novos nas lojas, mas deixa claro que pretende manter seu foco, nos óculos.

A Chilli Beans é maior marca de óculos escuros da América Latina e tem 19% do mercado. Em setembro deste ano, a empresa vendeu 29,8% do seu capital para o fundo de investimento em participações Gávea, cujo fundador é o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. Maia não descarta a entrada no mercado de ações, mas parece ter esse como um plano de longo prazo. “Existe uma luz no fundo do túnel de um ‘IPO’”, afirma, sobre uma oferta pública inicial de ações. Mas a meta, primeiro, afirma ele, é chegar aos mil pontos de venda.

Fonte: ANBA
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