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23/11/2012
Empresas do Brasil e Egito vão fechar negócios
 
Companhias brasileiras que participaram de feira em Sharm El Sheik e de rodada de negócios no Cairo pretendem importar ervas e plantas medicinais e exportar alimentos para os árabes.

São Paulo – Empresas brasileiras que participaram de uma missão ao Egito de 15 a 20 de novembro deverão fechar negócios com exportadores de alimentos, ervas, plantas medicinais e aromáticas ainda neste ano. Os contratos negociados são tanto de exportação como de importação. As seis companhias visitaram a feira Fresh Gate & Food Gate, participaram de uma rodada de negócios e conheceram a Spice Kingdom, uma das maiores exportadoras de temperos e plantas aromáticas do país.

Analista de importação da Agrofood, Sandra Braz encontrou um fornecedor de funcho, produto que hoje a empresa compra da Índia. “O preço dos indianos ainda é imbatível, mas todos os possíveis fornecedores se propuseram a melhorar os preços, a negociar e me pediram para não fechar nenhum contrato antes de falar com eles. Todas as empresas se mostraram qualificadas e dispostas a fazer negócios conosco”, disse.

Braz encontrou também clientes em potencial no Cairo, mas, assim como os egípcios concorrem com os preços da Índia, os brasileiros têm como desafio as condições que os produtores do Vietnã oferecem. “Os preços da pimenta dos vietnamitas são muito bons, mas a qualidade do produto brasileiro é melhor. Os empresários com quem conversei se mostraram abertos para negociar”, disse. Além de pimenta, os egípcios se interessaram em comprar feijão da Agrofood.

Presidente da FR Castro, Silvana Roveri disse que os contatos que fez no Egito são “excelentes” e que irá fechar negócios com quatro dos 16 exportadores com quem se reuniu durante a rodada de negócios. A FR Castro irá também exportar açúcar para a Spice Kingdom.

Os planos de Roveri não param aí. “Vou me encontrar com empresários sudaneses e vou participar da Feira de Cartum em janeiro. Quero abrir uma unidade lá. Eu já exporto açúcar para os Emirados Árabes Unidos, mas não imaginava o potencial que o Egito e o Sudão têm.” Além da Agrofood e da FR Castro, foram para a missão a Santos Flora, Ruell, Ricex e Temperart.

Além dos empresários brasileiros, dois representantes da Câmara de Comércio Árabe Brasileira participaram da missão. Executivo de relações governamentais da instituição, Tamer Mansour afirmou que “é certo” que as empresas que foram ao Egito irão fechar negócios com os empresários do país árabe. “Os empresários brasileiros mostraram o País como um grande destino para os produtos egípcios”, disse.

Gerente comercial da Câmara Árabe, Janaina Calonga observou que a viagem mostrou aos brasileiros que há muitas oportunidades de negócios com os países árabes. “Esta missão foi muito produtiva para apresentar as possibilidades do mercado do Egito para as empresas que não tinham este conhecimento. A Câmara Árabe irá assessorá-las no que for preciso para que os negócios ocorram”, disse Calonga. Os empresários que participaram da missão também se reuniram com o embaixador do Brasil no Cairo, Marco Antonio Diniz Brandão.

A viagem dos brasileiros a Sharm El Sheik, onde foi realizada a feira, e ao Cairo, onde houve a rodada de negócios, foi promovida pelo projeto Egyptian Medicinal and Aromatic Plants (Emap), que foi criado em 2011 para promover o setor de ervas, temperos e plantas medicinais em outros países até 2014.

Um grupo de representantes do Emap veio ao Brasil em setembro para conhecer o mercado e buscar importadores. Na ocasião, eles participaram de negociações na Câmara Árabe. Mansour disse uma missão do Conselho de Exportadores de Alimentos do Egito deverá visitar o Brasil em abril de 2013.

Fonte: ANBA
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