Notícias
16/11/2012
Balança comercial de cooperativas tem superávit de US$ 4,782 bilhões
 
Brasília (13 de novembro) - De janeiro a outubro de 2012, as exportações de cooperativas alcançaram US$ 4,9 bilhões, o que representa o segundo maior resultado já alcançado pelo segmento, perdendo apenas para 2011, quando as vendas externas, no período, chegaram a US$ 5,1 bilhões, 2,7% a mais que o registrado nos primeiros dez meses deste ano.
As importações, no período, tiveram queda de 1,8%. Passaram de US$ 217,6 milhões (2011) para US$ 213,7 milhões (2012). No acumulado do ano, o saldo da balança comercial das cooperativas foi positivo, alcançando um superávit de US$ 4,782 bilhões, o que representa redução de 2,7% em relação a igual período do ano anterior. Em relação à participação na pauta brasileira, as exportações das cooperativas correspondem, atualmente, a 2,5% e as importações, a 0,1%.

Exportações

Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas, nos meses de janeiro a outubro de 2012, destacam-se: etanol (com vendas de US$ 655,1 milhões, representando 13,1% do total exportado pelo segmento); açúcar em bruto (US$ 629,8milhões; 12,6%); açúcar refinado (US$ 611,6 milhões; 12,2%); soja em grãos (US$ 573 milhões; 11,5%); café em grãos (US$ 527,7 milhões; 10,6%); e carne de frango (US$ 525,6 milhões; 10,5%).

No período, entre os principais produtos exportados, verificaram-se crescimentos significativos nas vendas externas de milho em grãos (aumento de 174,7%, de US$ 43,8 milhões para US$ 120,2 milhões); carnes desossadas de bovino, congeladas (97,9%, de US$ 20,5 milhões para US$ 40,6 milhões); algodão em bruto (78,1%, de US$ 102,6 milhões para US$ 182,7 milhões); e outros feijões comuns, secos, em grãos (47,0%, de US$ 8,6 milhões para US$ 12,6 milhões).

As vendas externas das cooperativas alcançaram, de janeiro a outubro de 2012, 142 países. Os principais foram a China (vendas de US$ 730,2 milhões, representando 14,6% do total); os Estados Unidos (US$ 723 milhões; 14,5%); os Emirados Árabes Unidos (US$ 338,5 milhões; 6,8%); a Alemanha (US$ 271,8 milhões; 5,4%); e os Países Baixos (US$ 226,6 milhões, 4,5%).

Nos dez primeiros meses de 2012, dezenove estados brasileiros realizaram exportações por meio de cooperativas. São Paulo teve o maior valor em vendas externas (US$ 1,711 bilhão, representando 34,3% do total das exportações do segmento), seguido por Paraná (US$ 1,506 bilhão; 30,2%), Minas Gerais (US$ 577,9 milhões; 11,6%), Santa Catarina (US$ 293,6 milhões; 5,9%), e Rio Grande do Sul (US$ 260,3 milhões; 5,2%). O Maranhão foi o estado com maior crescimento no período (146,5%, de US$ 320,1 mil para US$ 789 mil). Em seguida estão Paraíba (144,0%, de US$ 48 mil para US$ 117,1 mil), Tocantins (88,2%, de US$ 24,7 milhões para US$ 46,5 milhões), Pará (72,6%, de US$ 5,2 milhões para US$ 9 milhões) e Mato Grosso (54,8%, de US$ 162 milhões para US$ 250,6 milhões).

De janeiro a outubro de 2012, 164 cooperativas realizaram exportações: oito venderam para o exterior valores acima de US$ 100 milhões, cinco tiveram vendas entre US$ 50 e 100 milhões; vinte e oito, entre US$ 10 e 50 milhões; vinte, entre US$ 5 e 10 milhões; quarenta e quatro, entre US$ 1 e 5 milhões; e cinquenta e nove empresas registraram exportações abaixo de US$ 1 milhão.

Importações

A maioria das cooperativas tem suas atividades relacionadas com o setor agropecuário e importam, principalmente, insumos agrícolas como fertilizantes e rações.

Entre os principais produtos importados pelas cooperativas, no período de janeiro a outubro de 2012, destacam-se a ureia teor N>45 (com compras de US$ 28,8 milhões, representando 13,5% do total); os cloretos de potássio (US$ 24,7 milhões; 11,6%); a soja em grãos (US$ 16,5 milhões; 7,7%); o diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 13,9 milhões, 6,5%); e as máquinas e aparelhos para preparação de carnes (US$ 12,3 milhões; 5,8%)
No período, foram registrados crescimentos significativos nas importações de arroz (“paddy”) com casca, não parboilizado (347,3%, de US$ 620,4 mil para US$ 2,8 milhões); de outros feijões comuns, pretos, secos, em grãos (144,4%, de US$ 2,7 milhões para US$ 6,6 milhões); de sulfato de amônio (67,2%, de US$ 4,3 milhões para US$ 7,2 milhões); de máquinas e aparelhos para preparação de carnes (46,0%, de US$ 8,4 milhões para US$ 12,3 milhões); e de tripas artificiais de proteínas endurecidas (41,6%, de US$ 2,2 milhões para US$ 3,1 milhões)
As compras externas das cooperativas foram originárias de 45 países, com destaque para o Paraguai (US$ 29,1 milhões, representando 13,6% do total); a Argentina (US$ 23,7 milhões, 11,1%); a China (US$ 16,9 milhões, 7,9%); os Estados Unidos (US$ 16,4 milhões, 7,7%); e Israel (US$ 12,3 milhões, 5,8%).

Entre os principais países de origem, os maiores crescimentos relativos, no período analisado foram da República Tcheca (2.369,0%, de US$ 32,9 mil para US$ 811,5 mil); do Paraguai (645,0%, de US$ 3,9 milhões para US$ 29,1 milhões); da Dinamarca (585,6%, de US$ 354 mil para US$ 2,4 milhões); de Belarus (340,6%, de US$ 841 mil para US$ 3,7 milhões); e da França (122,2%, de US$ 372,9 mil para US$ 828,5 mil).

De janeiro a outubro de 2012, dez estados realizaram importações por meio de cooperativas. O Paraná o teve maior valor de compras externas com US$ 97,4 milhões, representando 45,6% do total das importações do segmento. Em seguida aparecem: Santa Catarina (US$ 65,9 milhões; 30,8%); Goiás (US$ 17,9 milhões; 8,3%); Rio Grande do Sul (US$ 17,3 milhões; 8,1%); e São Paulo (US$ 6,2 milhões; 2,9%). Os maiores crescimentos relativos foram os de Minas Gerais (148,4%, de US$ 651,7 mil para US$ 1,6 milhão), Rio Grande do Sul (23,5%, de US$ 14 milhões para US$ 17,3 milhões), Santa Catarina (14,1%, de US$ 57,7 milhões para US$ 65,9 milhões) e Goiás (13,6%, de US$ 15,7 milhões para US$ 17,8 milhões).

Nos primeiros dez meses deste ano, oitenta cooperativas realizaram importações: uma importou valores entre US$ 50 e 100 milhões, quatro importaram entre US$ 10 e 50 milhões, seis importaram de US$ 5 a 10 milhões, vinte, entre US$ 1 e 5 milhões e quarenta e nove realizaram compras externas abaixo de US$ 1 milhão.

Fonte: MDIC
Voltar - Início