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13/11/2012
Randon tem queda na exportação
 
O grupo registrou receita 3,5% menor com vendas externas no acumulado do ano até setembro. Baixo crescimento econômico afetou negócio como um todo, mas empresa espera recuperação.
São Paulo – O grupo Randon registrou recuo de 3,1% na receita com exportações no terceiro trimestre e de 3,5% no acumulado do ano até setembro, segundo dados da empresa. As vendas externas geraram US$ 73,3 milhões de julho a setembro e US$ 198,6 milhões nos nove primeiros meses do ano. Prejudicada pela demanda pouco aquecida nos mercados brasileiro e internacional, a indústria apresentou queda também em receita bruta total, receita líquida, lucro líquido e Ebitda.

A África, onde ficam alguns países árabes para os quais a companhia vende, respondeu por 12% nas compras externas no último trimestre. Os maiores mercados lá fora, no entanto, foram os países do Mercosul e o Chile, com 31%, e os do Nafta (América do Norte), também com 31%. Depois vieram América do Sul e Central, com 16%, África e então Europa, com 3%. No acumulado do ano, Mercosul e Chile ficaram com 45% do total, Nafta com 32%, África com 9%, América do Sul e Central com 6% e Europa com 3%.

A receita bruta da empresa caiu 18,7% de julho a setembro para R$ 1,3 bilhão, e no acumulado do ano recuou 19,7% para R$ 3,8 bilhões. A receita líquida ficou em R$ 877,4 milhões no trimestre, e nos primeiros nove meses do ano em R$ 2,4 bilhões, com quedas de 18% e 20%, respectivamente. O lucro líquido consolidado recuou 79,5% no trimestre, ficando em R$ 12,9 milhões, e 87,7% em nove meses, resultando em R$ 26,9 milhões. O Ebitda caiu 41,6% em três meses para R$ 79 milhões e 52,8% no acumulado para R$ 213 milhões. A margem do Ebitda ficou em 9,1% no trimestre e negativa em 5,9% em 2012 até setembro.

Em teleconferência nesta terça-feira (13), os executivos da empresa afirmaram que esperam recuperação no último trimestre do ano. “Há sinais de que a economia está esboçando recuperação, ainda que tímida, e isso se reflete nos pedidos”, disse o diretor financeiro do grupo, Geraldo Santa Catharina. Parte das compras de agosto e setembro de reboques ficou represada esperando as melhores condições para o Finame, linha de crédito do BNDES para bens de capital, que entraram em vigor no final de setembro. O Finame, segundo Santa Catharina, responde por 70% dos financiamentos de “rebocados” da empresa. Em outubro, diz ele, foi entregue grande número de veículos.

O baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País também afetou todos os negócios do grupo, segundo dados divulgados pela Randon. A empresa teve aumento na dívida, já que precisou aumentar seu capital de giro motivada pelo retardamento das compras via Finame dos caminhões, problemas burocráticos no financiamento de vagões e mudança no sistema integrado de gestão empresarial, o ERP, implementado durante o ano. Mas a empresa espera melhora em 2013 pelo maior crescimento da economia, boa safra agrícola, com preços dos produtos em alta, e estabilidade nas condições do País em geral.

O grupo Randon é formado por nove empresas das áreas de implementos, com fabricação de reboques, semirreboques e vagões ferroviários; de veículos, com produção de caminhões, equipamentos florestais e retroescavadeiras; além de autopeças. A companhia também atua na área de serviços, com o consórcio e o banco Randon.

Fonte: ANBA
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