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12/11/2012
Opep reduz previsão de demanda de petróleo
 
A entidade estima um consumo médio global este ano e no próximo superior ao de 2011, mas diminuiu um pouco as previsões em seu relatório de novembro, em comparação com o de outubro.
Viena – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) prevê uma ligeira alta na demanda mundial de petróleo bruto em 2012 e 2013, apesar das incertezas sobre a economia mundial, segundo relatório mensal da instituição divulgado nesta sexta-feira (09). A entidade, no entanto, reduziu um pouco suas estimativas em relação ao levantamento anterior.

A demanda este ano deverá chegar à média de 88,8 milhões de barris por dia, ante 88,04 milhões em 2011. A estimativa atual é menor em 10 mil barris diários do que a feita em outubro. Para o próximo ano, a organização espera uma demanda mundial de 89,57 milhões de barris por dia. No mês passado, a previsão para 2013 era de 89,6 milhões.

A Opep acrescenta que há um sério risco de novas baixas nas estimativas, principalmente no primeiro semestre de 2013, por causa dos riscos de desaceleração das nações desenvolvidas, da China e da Índia. Se isso ocorrer, as previsões podem ser reduzidas em cerca de 20%.

Os países da organização são responsáveis por 30% da produção mundial de petróleo. “A fraqueza esperada da economia mundial representa uma grande incerteza no que diz respeito às previsões de demanda”, diz a entidade.

O relatório alerta que a atividade econômica entre as nações desenvolvidas não está totalmente sadia. “Mesmo com boas notícias vindas do setor industrial da Alemanha e dos Estados Unidos em outubro, outras áreas deram sinais negativos. Os problemas de dívida na Europa afetaram a economia do continente e deverão prosseguir no próximo ano”, destaca o texto. A Opep acrescenta que a China vem dando sinais de desaceleração nos últimos meses.

Mesmo frente a esse cenário incerto, a entidade manteve suas estimativas para o crescimento da economia global em 3,1% este ano e em 3,2% para o próximo.

O levantamento diz ainda que o furacão Sandy, que atingiu o nordeste dos Estados Unidos, reduziu a demanda do país por petróleo no final de outubro e início de novembro. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou um programa de racionamento de combustíveis na cidade, com início nesta sexta-feira e sem prazo para terminar, evidenciando a falta do produto.

Fonte: ANBA
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