Notícias
09/11/2012
Preço mundial de alimentos está mais baixo
 
Índice medido pela FAO caiu 1% de setembro para outubro e, no acumulado do ano, está em média 8% menor do que no mesmo período de 2011.

São Paulo – O índice internacional de preços dos alimentos medido pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) caiu 1% em outubro em relação a setembro. No acumulado do ano, o indicador está, em média, 8% abaixo do registrado no mesmo período de 2011, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (08) pela agência da ONU.

O índice saiu de 215 pontos em setembro para 213 no mês passado, influenciado pela queda dos preços de cereais, óleos e gorduras, o que mais do que compensou o aumento dos valores dos lácteos e do açúcar, segundo a FAO.

“Apesar do mercado apertado, uma série de condições e medidas impediram até o momento que os preços internacionais dos alimentos disparassem como ocorreu em 2007-2008 e em 2009-2010”, disse o diretor geral da agência, o brasileiro José Graziano da Silva, de acordo com comunicado do órgão.

A FAO estima que os gastos globais com importação de alimentos vão chegar a US$ 1,14 trilhão em 2012, uma redução de 10% em comparação com o ano passado. A previsão leva em conta fatores como a diminuição de preços de determinados produtos, menor custo do frete e menos aquisições de cereais no mercado internacional.

A entidade alerta, porém, que a produção de cereais na safra 2012/13 deverá cair 2,7% em comparação com o ciclo anterior, que teve colheita recorde. Isso deverá resultar em uma redução de 25 milhões de toneladas nos estoques mundiais.

O índice de preços dos cereais caiu 1,2% de setembro para outubro, mas permaneceu 12% acima do registrado em outubro de 2011. No caso do milho, houve recuo pela menor demanda da pecuária e da indústria. Já o valor do trigo ficou mais baixo por causa da redução do ritmo do comércio.

Para o arroz, a FAO espera produção recorde este ano. O comércio do produto está em crescimento e deve continuar a avançar no próximo ano. Na seara da soja, a agência não crê em queda de preços, em vista da safra “frustrante” nos Estados Unidos, mas diz que ainda é necessário aguardar os resultados da América do Sul.

A FAO espera produção recorde também de açúcar este ano e aumento do comércio no ciclo 2012/13. Os preços avançaram 1,6% de setembro para outubro, mas estão 20,2% abaixo dos registrados em outubro de 2011.

Entre as carnes não houve mudança do índice de setembro para outubro, mas os preços estão próximos ao patamar recorde e a produção mundial deverá crescer menos do que 2% este ano. Os valores dos lácteos avançaram 3% de um mês ao outro e podem crescer mais ainda, segundo a organização.

Fonte: ANBA
Voltar - Início