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09/11/2012
Aprendizado nas obras árabes
 
Missão de empresários catarinenses ao Oriente Médio termina após contatos com novos materiais e técnicas de construção. Delegação passou por Doha, Dubai e Abu Dhabi.

Dubai – Projetos arquitetônicos arrojados, métodos construtivos diferentes dos desenvolvidos no Brasil, inovação e planejamento foram alguns dos destaques observados pelo grupo de empresários catarinenses que visitou canteiros de obras em Doha, no Catar, Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A missão da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) à região, apoiada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira , acaba nesta sexta-feira (09). O líder do grupo, o empresário Marco Antonio Corsini, afirma que o aprendizado irá ajudá-los a inovar nos projetos.

“Entre o que está sendo construído aqui em obras públicas, escritórios ou residências, surpreende a inovação, o diferente, o que é atraente. Vimos um prédio torto em Abu Dhabi que é um desafio para a engenharia, que muitas empresas se recusaram a fazê-lo por acreditar que não seria possível, mas que uma empresa fez. Isso é inovar. O que vimos em Masdar City (cidade sustentável em construção em Abu Dhabi) mostra o que se pode fazer em construção civil em favor da sustentabilidade”, disse.

Em Doha, eles visitaram o canteiro de obras da Qatar University e conheceram a Cidade da Educação, o Pérola e o Lisail, bairros que estão sendo construídos a partir do zero. Na capital do Catar, também se reuniram com o diretor geral da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Sidney Alves Costa, e com engenheiros das empreiteiras OAS e Odebrecht, que participam de licitações no país.

Em Dubai, eles tiveram um encontro com o dono da construtora Engeprot, o brasileiro Omar Hamaoui, que lhes falou sobre legislação e contratos locais e participaram do seminário “Invest & Trade in Brazil” promovido pela Câmara Árabe e pela editora CPI. Eles também visitaram a feira de construção civil Big 5.

“A realidade é diferente da nossa, mas pode ser aplicada em parte. Ficamos surpresos de ver o planejamento com que as obras públicas são executadas e a qualidade delas. Até os elevados que são feitos aqui são construídos com atenção à estética”, disse Corsini.

O empresário observou, porém, que nem tudo é melhor do que o que é feito no Brasil. Os canteiros de obras em Doha, por exemplo, não são tão organizados quanto os brasileiros e os resíduos das obras também não recebem o cuidado necessário, exceto na Masdar City onde são reutilizados nas construções.

“Tenho certeza de que alguma coisa de tudo o que vimos aqui será empregada por nós. Seja o uso de outro material, seja um método construtivo, seja um procedimento diferente daquele que adotamos hoje”, afirmou.

Fonte: ANBA
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