Dubai – As empresas que participam da edição deste ano da feira Big 5, a maior da construção civil no Oriente Médio, afirmam que o movimento e os negócios neste ano estão um pouco melhores do que no ano passado. Mesmo que não registrem recorde de pedidos durante o evento, empresas do mundo todo já têm o que comemorar: a Arábia Saudita. O país, dizem os expositores, é o que tem feito mais pedidos e fechado mais negócios por causa do crescimento do seu mercado imobiliário.
Gerente de vendas da TSSC, empresa dos Emirados Árabes Unidos que fabrica telhas, Nadeen Khan afirma que até o terceiro dia de feira realizou o mesmo volume de negócios e contatos do que na edição de 2011. Os encontros de que participou e os pedidos que recebeu de empresários sauditas, contudo, superaram aqueles que teve de companhias de outros países.
"Acredito que a edição do ano que vem deverá crescer 40% em relação a este ano por causa do aquecimento da economia. Por outro lado, os sauditas têm feito a maior parte dos pedidos e dos contatos. É o mercado da região que mais tem crescido e que deverá continuar a ser o melhor nos próximos anos", afirmou Khan, que exporta principalmente para o Norte da África e para o Oriente Médio.
Gerente de treinamento da Instant Access, empresa que distribui no Oriente Médio guindastes e equipamentos para construção produzidos nos Estados Unidos e na Europa, Jason Woods afirmou que a edição de 2012 tem apresentado o mesmo desempenho de 2011, que foi bom. Ele também observou que os sauditas estão entre a maioria dos clientes. "Será o melhor destino das vendas nos próximos anos, pois o mercado está se abrindo nas grandes cidades, como Jeddah e Riad", afirmou.
Não são só as empresas da região que apostam na Arábia Saudita. A fabricante italiana de tintas, San Marco, deverá encerrar a Big5 com crescimento de 20% nas vendas em relação ao ano passado. Grande parte deste crescimento, diz o gerente de exportação Alessandro Zadra, deve ser atribuído à demanda dos sauditas.
"A economia está melhorando e devemos vender mais neste ano. Atribuímos isso ao desenvolvimento de novos produtos e à busca de novos clientes. A maior parte dos pedidos que recebemos são do Oriente Médio e do Norte da África, do leste europeu e do sul da Ásia. Desses locais, a Rússia, Arábia Saudita e Cingapura são os principais clientes. Os sauditas estão investindo muito em construções em Riad e em Jeddah", afirmou Zadra.
Outro italiano animado com as compras dos sauditas é o gerente de exportações da Airforce, que fabrica coifas e exaustores. "A melhor economia da região é a da Arábia Saudita. É a que tem maior potencial", afirmou.
Até os brasileiros podem se animar com os investimentos do país árabe. Nesta quarta-feira (7),o diretor da Saudi German Co. (Sageco), Sulliman Alsayyari, encontrou o diretor geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, e afirmou que está em busca de empresas que construam redes de esgoto e prédios de até quatro andares no seu país.
Fonte: ANBA