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30/10/2012
Empresas de biotecnologia querem exportar
 
Projeto com recursos do BID fomenta o desenvolvimento do setor na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Uma das metas é a exportação.

São Paulo – No estado de Minas Gerais, um projeto está ajudando a desenvolver o setor de biotecnologia e fomentando as suas exportações. A iniciativa, que capacita empresas, as leva a missões e feiras no exterior, tem recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e é executada pela Ambiotec (Associação Mineira de Empresas de Biotecnologia Ciências da Vida). Mais de cem empresas do Arranjo Produtivo Local (APL) da região metropolitana de Belo Horizonte participam, segundo informações da Ambiotec.

“O setor tem alta tecnologia, tem empresas que já estão exportando”, conta Giana Marcellini, presidente da Ambiotec. De acordo com ela, as principais exportadoras são as fabricantes de kits para diagnósticos de saúde, mas o objetivo é incentivar companhias de outras áreas também a exportarem. O setor é formado, por exemplo, por fabricantes de materiais para enxerto de osso, de agentes químicos, os próprios laboratórios, indústria de equipamentos médicos, empresas de mapeamento de DNA, produtos para saúde animal e humana.

O recurso do BID foi direcionado o polo no ano passado e deve ser usado até o começo de 2014. São mais de R$ 2 milhões que devem ter também a contrapartida financeira das entidades que participam do projeto, como a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e as próprias empresas. O estado de Minas Gerais tem outros dois clusters da área, nas regiões de Viçosa e do Triângulo Mineiro, mas o que e integra a iniciativa do BID é o de Belo Horizonte.

De acordo com a coordenadora executiva da Ambiotec, Vanessa Silva, o projeto prevê 14 ações, como capacitação empresarial, além de participação em feiras, missões, entre outras iniciativas. Neste ano, as empresas participaram da Hospitalar, mostra do segmento de saúde em São Paulo, que reuniu visitantes do Brasil e exterior, e da Bio International Convention, nos Estados Unidos. Elas ainda vão participar da feira Médica na Alemanha.

Marcellini acredita que alguns mercados, como o europeu e o árabe, são potenciais para as exportações do segmento. Algumas empresas da área, inclusive, participaram de uma missão que a Central Exportaminas promoveu aos Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita entre o final de setembro e começo de outubro. A iniciativa, porém, não foi parte do projeto do BID. A Central Exportaminas é o braço do governo do estado responsável pelo fomento às exportações.

Fonte: ANBA
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