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23/10/2012
Brasil cai em lista de facilidade de negócios
 
País passou do 126° ao 130° lugar em ranking elaborado pelo Banco Mundial. Doze nações árabes estão melhor colocadas, mas apenas quatro subiram de posição.

São Paulo – Brasil e países árabes caíram de posição no ranking de facilidade de fazer negócios, de acordo com o relatório Doing Business 2013, divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Banco Mundial e pela International Finance Corporation (IFC), braço do Bird para o setor privado.

O Brasil caiu do 126° lugar no levantamento anterior para o 130° no atual. A lista inclui 185 países e é baseada em 10 indicadores relacionados à atividade empresarial, como o tempo necessário para abertura de uma companhia, burocracia, impostos, operações de comércio exterior, proteção a investimentos, entre outros.

Na América Latina, o Brasil ficou à frente apenas do Equador, Bolívia, Suriname e Venezuela, sendo que Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, México, Guatemala, República Dominicana e Costa Rica foram destaques.

O Chile está em primeiro lugar em facilidade de se fazer negócios na região e em 37° no mundo, a Colômbia foi o país latino-americano que mais adotou reformas nesse sentido desde 2005 e a Costa Rica está entre os 10 países do mundo que mais implementaram mudanças no ano passado.

O relatório leva em consideração regras que influem no dia a dia de empresas e investidores, mas não avalia questões como a gestão fiscal, estabilidade macroeconômica, capacitação da mão de obra e solidez do mercado financeiro. Por exemplo, o levantamento diz que no Brasil são necessários, em média, 119 dias para se abrir uma empresa, contra somente oito no Chile.

No mundo árabe, apenas os Emirados Árabes Unidos, Omã, Egito e Mauritânia subiram de posição no ranking, da 33ª à 26ª, da 49ª à 47ª, da 110ª à 109ª e da 167ª à 159ª, respectivamente. Os demais perderam colocações, mas, mesmo assim, cinco países da região estão entre os 50 com maior facilidade para se fazer negócios: Arábia Saudita, no 22° lugar, Emirados, Catar (40°), Bahrein (42°), Omã e Tunísia (50°). Além destes, Kuwait, Marrocos, Jordânia, Líbano e Iêmen estão à frente do Brasil na lista.

O levantamento informa que houve uma desaceleração no processo de reformas regulatórias na região por causa da Primavera Árabe, mas acrescenta que agora há uma "oportunidade renovada" para se melhorar o ambiente de negócios.

Na avaliação global, o relatório informa que a facilidade para fazer negócios avançou nos países em desenvolvimento nos últimos 10 anos. O Banco Mundial e a IFC contabilizaram cerca de 2 mil reformas regulatórias em 180 países no período. O tempo médio para se abrir uma empresa, por exemplo, passou de 50 para 30 dias, sendo que nas economias de renda baixa e média o número de dias caiu pela metade.

Só no ano passado, segundo o relatório, foram adotadas 201 medidas sobre regulação de negócios em 108 países. Isso ocorreu principalmente no Leste Europeu e na Ásia Central.

Cingapura lidera pelo sétimo ano consecutivo o ranking de facilidade para se fazer negócios, seguida de Hong Kong, Nova Zelândia, Estados Unidos, Dinamarca, Noruega, Reino Unido, Coreia do Sul, Geórgia e Austrália.

As nações que mais implementaram reformas, porém, foram a Polônia, Sri Lanka, Ucrânia, Uzbequistão, Burundi, Costa Rica, Mongólia, Grécia, Sérvia e Cazaquistão.

Fonte: ANBA
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