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22/10/2012
Charutos brasileiros rumo ao mundo árabe
 
A empresa paulista Siboney vai começar a exportar para Egito, Emirados e Catar. Indústria quer expandir seus negócios no exterior e fechou contratos de representação nestes países.
 
São Paulo – A fabricante paulista de charutos Siboney acaba de fechar contratos de representação para levar sua marca ao Egito, Emirados Árabes Unidos e Catar. A empresa já mantinha contatos com importadores destes países e fechou as parcerias durante a feira Inter-tabac, em setembro, na Alemanha.

A Siboney produz charutos feitos à mão dos tipos long filler, nos quais são usados uma folha inteira de tabaco, e medium filler, que usam meia folha de tabaco. Atualmente, a capacidade de fabricação da empresa é de 200 mil charutos por mês, mas os pedidos externos estão demandando um aumento da produção.

"Estamos expandindo nossa planta fabril devido aos novos países [atendidos]", explica Eduardo Pitombo, diretor de vendas e marketing da Siboney. "Devemos chegar a 350 mil charutos por mês no curtíssimo prazo", revela.

Antes da feira, a Siboney já exportava para o Canadá, Hong Kong e Estados Unidos. Durante o evento, a empresa fechou negócios também com a Argentina, Turquia, Alemanha, Polônia, Croácia, Taiwan e Vietnã.

Segundo Pitombo, entre os países árabes, os que têm maior consumo de charutos são Argélia, Egito e Emirados. Este último, principalmente devido às compras dos turistas. "Dá para crescer bastante", diz o executivo sobre os negócios na região. "Você tem que estar no mercado externo. Não pode depender de um mercado só", destaca. O primeiro embarque para os árabes será realizado para o Egito, com 25 mil charutos.

O diretor da Siboney conta que a empresa se preparou bem antes de investir nos clientes externos. "Foi feito todo um planejamento de produção, de qualidade da seleção de folhas. Nosso produto tem uma qualidade excelente, embalagem extremamente diferenciada e preço", afirma.

A Siboney foi fundada em 2004 por um cubano, que até hoje é responsável pela seleção da matéria-prima usada nos charutos. Para garantir a qualidade das folhas de tabaco, a empresa as importa de países como Nicarágua, Honduras e Equador.

De acordo com Pitombo, o mercado de charutos no Brasil conta com várias empresas e vem crescendo. No exterior, os principais concorrentes são Cuba e República Dominicana. Já entre os mercados compradores, a Espanha se destaca como maior consumidor de charutos da Europa, seguido por nações como Alemanha, França e Portugal.

Os charutos

A produção da Siboney tem 40 torcedores, como são chamadas as pessoas que trabalham com a produção artesanal de charutos. Segundo Pitombo, cada torcedor não produz mais que 300 unidades por dia, para garantir a qualidade do charuto.

Nos charutos variam a qualidade, tamanho e o tempo de fumo. Os do tipo "Robusto" levam 35 minutos, o "Torpedo", 40 minutos, o "Corona Gorda", de 35 a 40 minutos. A empresa também criou um charuto chamado de "25 minutos". "É para a pessoa poder desfrutar do charuto sem se preocupar se vai dar tempo de terminar", explica Pitombo.

O charuto long filler, considerado "premium", custa em média R$ 20 reais a unidade, sendo que cada caixa vem com dez charutos. Já os medium filler custam cerca de R$ 7 reais a unidade.

A fábrica da Siboney fica em Itatiba e o escritório administrativo está em São Paulo. A empresa conta com um total de 58 funcionários.

Fonte: ANBA
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