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16/10/2012
Pado se prepara para exportar aos árabes
 
Fabricante paranaense de cadeados está ampliando produção e procura encontrar novos mercados. Executivo afirma que poder aquisitivo abre oportunidade no Oriente Médio.

São Paulo – O poder aquisitivo elevado dos consumidores do Oriente Médio atraiu a fabricante brasileira de cadeados Pado para a região. A empresa está ampliando sua produção no Brasil para atender novos mercados nos próximos meses e já decidiu que um desses alvos é o Oriente Médio. Em novembro dois funcionários da Pado vão para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para participar da Big Five, a maior feira de construção civil do Oriente Médio. A mostra ocorre de 5 a 8 de novembro.

De acordo com o presidente do conselho de administração e um dos sócios da Pado, Alfons Gardemann, a empresa já decidiu que o primeiro produto a ser exportado será o cadeado. "Vamos começar com cadeado, que é no nosso carro-chefe e depois com produtos para portas, janelas e puxadores", disse Gardemann. Além de cadeados, a Pado produz, por exemplo, dobradiças e fechaduras.

"O Oriente Médio é um dos locais para o qual ainda podemos exportar. A Ásia é impensável para nós (por causa da concorrência) e os Estados Unidos também porque a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) não foi para a frente. Nos sobrou exportar para Europa, América Latina e Oriente Médio", diz Gardemann. Ele afirma que o cadeado chinês vendido nos países árabes não concorre diretamente com o produto da Pado porque não é tão bom.

Para exportar sem comprometer a oferta no mercado interno, a Pado já investiu R$ 50 milhões e vai investir mais R$ 25 milhões para aumentar a produção. Atualmente são fabricadas 20 milhões de unidades por ano. Depois que a ampliação da fábrica em Cambé, no Paraná, for concluída, serão feitos 30 milhões de cadeados todos os anos.

Embora a Pado já tenha decidido investir no Oriente Médio, a empresa ainda não concluiu os seus estudos sobre a região. Ela deve contar com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para entrar no mercado de lá. A Pado já decidiu, por exemplo, que não vai exportar por meio de trading. A comercialização será feita diretamente pela companhia paranaense.

A exportação de cadeados para o Oriente Médio abre uma nova etapa na história da empresa, que foi criada como fundição em 1936 pelos italianos Joaquim Paioletti e Francisco Ragosta. Anos depois, os dois sócios se juntaram a outro imigrante, alemão, e criaram a Pado. Além de atender o mercado nacional, a Pado exporta para o Mercosul.

Fonte: ANBA
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