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08/10/2012
Exportações aos árabes ficam estáveis
 
Em setembro, as vendas para a região se mantiveram no mesmo patamar de igual mês do ano passado, em US$ 1,3 bilhão. Já as exportações do Brasil para todos os mercados recuaram 5,1%.

São Paulo – As vendas de mercadorias brasileiras para os países árabes ficaram praticamente estáveis em setembro, com um pequeno recuo de 0,12% sobre o mesmo mês do ano passado, bem abaixo da queda registrada nas exportações do País para os mercados em geral, que foi de 5,1% no mesmo período. O Brasil acumulou, no último mês, receita de US$ 20 bilhões com a totalidade das exportações e de US$ 1,36 bilhão com os envios ao mundo árabe.

O diretor geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, lembra que os países árabes ainda estão consumindo os estoques feitos para o Ramadã e que a partir de agora as vendas devem se aquecer em função da reposição dos alimentos. Os árabes muçulmanos começam também a se preparar para a Hajj, peregrinação a Meca que neste ano ocorre no final de outubro, que costuma elevar o consumo de comida, segundo Alaby. A Arábia Saudita, país onde fica Meca, recebe muitos estrangeiros neste período.

No acumulado deste ano até setembro, as exportações do Brasil para o mundo árabe recuaram 3,43%, mas a queda também ficou abaixo do recuo registrado nos embarques do País como um todo, que foi de 4,9%. O Brasil teve faturamento de US$ 180,6 bilhões com exportações nos nove primeiros meses do ano e de US$ 10,6 bilhões para os árabes, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pelo Departamento de Negócios e Mercados da Câmara Árabe.

Houve queda, de janeiro a setembro, nas compras de dois dos cinco principais mercados do mundo árabe. Arábia Saudita, que é a principal importadora, comprou 17% a menos, com US$ 2,1 bilhões no total; e a Argélia, a quinta no ranking, recuou suas compras em 27% para US$ 830 milhões.

O Egito foi o segundo maior destino das mercadorias do País na região e suas importações cresceram 13% para US$ 1,9 bilhão. O terceiro país da lista foram os Emirados Árabes Unidos, com US$ 1,7 bilhão, com 6% de crescimento, e o quarto foi Omã, com US$ 843 milhões e aumento de 48%.

Em setembro, o maior mercado do Brasil no Oriente Médio e Norte da África foi o Egito, com US$ 313 milhões e crescimento de 20%, seguido por Emirados, com US$ 225,98 milhões e queda de 1,7%, Arábia Saudita, com US$ 226 milhões e recuo de 12%, Omã, com US$ 118 milhões e crescimento de 49%, e Argélia, com US$ 108 milhões e avanço de 14%.

Importações

Já as importações que o Brasil fez de produtos árabes, nos nove primeiros meses deste ano, cresceram 44% e ficaram em US$ 8,5 bilhões. O Brasil compra da região principalmente petróleo, seus derivados e fertilizantes. O maior fornecedor foi a Arábia Saudita, seguida pela Argélia.

Em setembro, individualmente, houve recuo de 4,15% nas vendas árabes ao Brasil, que geraram receita de US$ 870 milhões. Ocorreu queda nos embarques da Argélia.

Fonte: ANBA
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