O presidente da Agência, Mauricio Borges, participou do painel “Além da crise: mercados potenciais”, no dia 28 de setembro, onde mostrou que existem oportunidades concretas para os produtos brasileiros em diversos mercados, tais como China, Índia, Rússia, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Sudão, Moçambique e Angola, entre outros. Borges citou diversos exemplos de empresas que, com o apoio da Apex-Brasil e investindo em inovação tecnológica, design e sustentabilidade, já estão se expandindo no mercado internacional.
“Não tenho dúvidas de que há ainda muito espaço para as empresas brasileiras no mercado externo. Há diversos casos que comprovam isso. As exportações de cafés especiais para a Coreia do Sul, por exemplo, cresceram 184% entre 2009 e 2011 (de US$ 39 milhões para US$ 111 milhões) depois que nossos estudos de inteligência comercial identificaram oportunidades neste mercado. Da mesma forma, as empresas de vinho começaram a trabalhar o mercado chinês, participando de eventos no país e a China é hoje o maior importador dos vinhos nacionais”, comentou Borges.
Encontro com Especialistas em Mercado
Durante o ENAEX 2012, a Apex-Brasil promoveu o Encontro com Especialistas em Mercados, reunindo empresas brasileiras que querem começar a atuar no mercado internacional e comerciais exportadoras (tradings) que já atuam em diversos países.
Durante o Encontro, foram realizadas 72 reuniões entre 25 empresas e seis tradings. Cada empresa apresentou seus produtos e discutiu com os representantes das tradings sobre como elas podem contribuir com as suas estratégias de inserção no mercado internacional.
“As tradings são especialistas nos mercados em que atuam e podem auxiliar as empresas que estão iniciando suas exportações a entender melhor seu funcionamento. Exportar por meio delas é, em muitos casos, um importante passo para a empresa que está no início do processo”, comenta o coordenador da Unidade de Projetos Especiais da Apex-Brasil, Maurício Manfrê.
Empresas de setores diversos, tais como café, cachaça, laticínios, móveis, cerâmica, estrutura metálica, roupas, lingerie, bijuterias, joias, softwares e serviços participaram das reuniões. “Tivemos empresas pequenas que ainda não exportam e, também, empresas de médio porte que já são exportadoras, mas que procuram novos mercados com o apoio das tradings”, relata Manfrê.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de 2006 a 2012, nos primeiros oito meses do ano, as vendas externas brasileiras feitas por meio de tradings aumentaram 110,5%. As exportações deste grupo passaram de US$ 7,763 bilhões para US$ 16,344 bilhões. No mesmo intervalo, as vendas externas brasileiras globais cresceram 81,7%, o que representou aumento da participação das tradings de 8,8% para 10,2% no total das vendas do país.
Projeto Brasil Trade
A Apex-Brasil realiza, desde 2008, o Projeto Brasil Trade, que tem por objetivos promover as exportações dos produtos brasileiros por meio do fomento às ações das comerciais exportadoras (tradings) e, ao mesmo tempo, solidificar a cultura exportadora nas micro e pequenas empresas brasileiras.
Para isso, o projeto organiza rodadas de negócios, no Brasil ou no exterior, entre tradings e compradores internacionais e adota medidas que aproximem a indústria brasileira e as tradings, tais como o Encontro com Especialistas em Mercados.
O Projeto tem 730 comerciais exportadoras cadastradas, todas com experiência comprovada no mercado internacional.
Fonte: Apex-Brasil