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03/10/2012
Cepal reduz previsão de crescimento latino-americano
 
Agência da ONU baixou de 3,7% para 3,2% sua projeção para este ano. Para 2013, a estimativa é de avanço de 4%.

Brasília – A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) reduziu a projeção de crescimento para a região este ano de 3,7%, feita em junho, para 3,2%. A informação consta do relatório Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2012.

Segundo a Cepal, “a debilidade da economia mundial, causada principalmente pelas dificuldades que enfrentam a Europa, os Estados Unidos e a China, tem incidido no crescimento da América Latina e Caribe”.

A projeção para o Brasil também caiu, de 2,7% para 1,6%, a mesma estimativa do Banco Central para 2012. A Argentina, segunda maior economia da região, deve crescer 2% este ano, ante a última estimativa de 3,5%.

O relatório destaca que o Brasil “experimentou um processo de desaceleração mais forte que os demais países durante o último semestre de 2011 e somente no início do segundo semestre de 2012 começaram a notar-se alguns sintomas de reativação. Na Argentina, a diminuição foi mais marcada durante o primeiro semestre de 2012”.

Para o próximo ano, a previsão de crescimento da região é de 4%, mesmo número previsto para o Brasil. A Argentina deve crescer 3,5% em 2013.

Segundo a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, em 2013, a expectativa para o Brasil e a Argentina, que têm peso considerável na economia regional, levou ao maior otimismo para o crescimento da região. “O crescimento se recuperará levemente em 2013, especialmente pelo maior crescimento do Brasil”, disse Alicia, ao apresentar o relatório em Santiago, no Chile, com transmissão por videoconferência.

De acordo com o relatório, o consumo privado tem sido o principal impulsor da expansão regional, devido à evolução favorável do mercado de trabalho, do aumento do crédito e, em alguns casos, das remessas de recursos do exterior para os países da região. “Entretanto, o acentuado enfraquecimento da demanda externa e uma tendência decrescente dos preços da maioria dos principais bens básicos de exportação têm transformado o comércio exterior no principal canal de transmissão das crises internacionais para a economia da região”, informa a Cepal.

Em relação à inflação, o relatório indica que foi mantida a tendência de queda durante o segundo trimestre de 2012, com uma variação média acumulada em doze meses para junho, de 5,5%, valor mais baixo registrado desde novembro de 2010. Segundo a Cepal, isso ocorreu “graças ao menor crescimento dos preços dos alimentos”.

Fonte: ANBA
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