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17/09/2012
Confecções de Maringá começam a exportar
 
Cerca de 560 empresas do setor se capacitaram e muitas já estão exportando. Maringá e arredores formam polo que produz sete milhões de peças de roupas ao mês.

São Paulo – As indústrias de vestuário de Maringá e arredores estão se capacitando para exportar e muitas delas já começaram a vender suas peças no exterior. O município, juntamente com outras 68 cidades da região Norte do Paraná, forma um polo que fatura R$ 140 milhões por mês com fabricação de roupas, segundo informações do Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindvest).

Algumas grandes empresas da região já exportam por conta própria, mas um grupo de cerca de 560 indústrias do setor passou por treinamento nos últimos três anos e meio e algumas já fizeram vendas lá fora. Elas participam do Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex), programa de capacitação para exportação da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex) , que no estado do Paraná é levado adiante em parceria com a Fundação Araucária, estadual.

De acordo com o coordenador do Núcleo Operacional da região de Maringá para o Peiex, Nivaldo Forastieri, o programa abrange também outros segmentos, mas a área de confecção é predominante no município e arredores.

Forastieri explica que que as empresas já passaram por capacitação e participaram, em novembro do ano passado, de um encontro com tradings que deu o pontapé para as exportações.

O Peiex oferece formação técnica e gerencial para as empresas. “Um técnico vai até a empresa, senta com o empresário, faz um diagnóstico e monta um relatório com os pontos fracos e fortes da empresa”, explica o coordenador. A partir daí são propostas ações para melhoria, que serão implementadas pelo empresário. A ideia é que a empresa esteja 100% em todas as áreas para exportar e os técnicos auxiliam na formação de preços para exportação, montagem de departamento na área, etc.

Forastieri conta que atualmente a maior parte das empresas do Peiex que já exportam o fazem via tradings e que os destinos na América do Sul são os principais. O polo de confecções de Maringá, no entanto, tem grande potencial para exportação já que são produzidas sete milhões de peças de roupas ao mês. O perfil principal das empresas atendidas pelo Sindvest é de micro e pequenas.

No total há 850 confecções atuando em Maringá e 1.200 na região como um todo, que abrange também cidades como Campo Mourão, Corumbataí do Sul, Floresta, Inajá, Alto Paraná, Fênix, Guaraci, Itaguajé, Itambé, Ivatuba, Lobato, Luziana, Nova Londrina, Quinta do Sol, Santa Inês, Presidente Castelo Branco, Querência do Norte, Santa Mônica, São Pedro do Paraná, Sarandi, Tamboara, Terra Rica e Uniflor.

O polo é conhecido principalmente pela produção de peças em jeans, mas as empresas também fabricam muitas malhas e são voltadas principalmente para a moda feminina. O forte é o verão. “No verão há um aumento de 25% na produção em relação ao inverno”, informa o Sindvest. O Sindvest organiza cursos, palestras e eventos para os seus associados para capacitá-los e ajudá-los no seu trabalho. Ele também ajuda a levar adiante o Peiex e mantém representação do projeto na sua sede.

Grande parte da produção de roupas da região é comercializada em quatro shoppings atacadistas de Maringá, o Avenida Fashion, Portal da Moda, Vestsul e Mercosul. O setor recebe mais de 15 mil compradores por mês, que vêm de outros estados do Brasil para abastecer as suas lojas, principalmente do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A estrutura deve ser ampliada, com a ampliação do shopping Vestsul e construção de um quinto shopping, Pérola Park.

Fonte: ANBA
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