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17/09/2012
Exportações de trading companies crescem 110,5% em seis anos
 
Brasília (17 de setembro) – De 2006 a 2012, nos primeiros oito meses do ano, as vendas externas brasileiras feitas por meio de empresas comerciais exportadoras, também conhecidas como trading companies, aumentaram 110,5%. As exportações passaram de US$ 7,763 bilhões para US$ 16,344 bilhões. No mesmo intervalo, as vendas externas brasileiras globais cresceram 81,7%, o que representou aumento da participação das trading companies de 8,8% para 10,2% no total das vendas do país.

Em relação às importações realizadas no período de janeiro a agosto, entre os anos de 2006 e 2012, as compras externas das empresas do setor aumentaram 176,2%. Houve crescimento de US$ 1,202 bilhão para US$ 3,320 bilhões.

Resultado que representou acréscimo da participação de 2,1% para 2,3% no total importado pelo Brasil, no período.

Em 2012, de janeiro a agosto, a balança comercial das trading companies teve superávit de US$ 13,024 bilhões e a corrente de comércio do setor atingiu US$ 19,664 bilhões.

Exportações

Nos primeiros oito meses de 2012, as exportações das trading companies foram principalmente de produtos básicos, que representaram 85% do valor exportado no período. No conjunto dos bens industrializados, os manufaturados representaram 10% do total e os semimanufaturados, 5%.
A pauta de produtos básicos teve como principais itens: minério de ferro (US$ 8,852 bilhões, o que representa participação de 54,2% do total exportado), soja em grãos (US$ 2,640 bilhões; 16,2%), carne de frango (US$ 931,2 milhões; 5,7%), milho em grão (US$ 439,4 milhões; 2,7%), e farelo de soja (US$ 429,2 milhões; 2,6%).

Entre os produtos industrializados destacam-se, no período analisado, as vendas de açúcar em bruto (US$ 477,6 milhões; 2,9% do total), suco de laranja (US$ 447,9 milhões; 2,8%), açúcar refinado (US$ 178,5 milhões; 1,1%), ouro semimanufaturado (US$ 174,6 milhões; 1,1%),e café solúvel (US$ 132,3 milhões; 0,8%).

A maior participação das trading companies no total exportado pelo país foi nas vendas de suco de laranja congelado (49,3%), minério de ferro (43,3%), café solúvel (29,8%), milho em grão (26,1%), carne de frango (21,6%), carne salgada (19,2%), e soja em grão (16,9%).
Os principais mercados de destino, de janeiro a agosto de 2012, foram a China ( US$ 5,764 bilhões, representando 35,3% do total exportado), o Japão (US$ 1.311,4 milhões; 8%), os Países Baixos (US$ 896,7 milhões; 5,5%), a Coreia do Sul (US$ 852 milhões; 5,2%), e a Itália (US$ 693,8 milhões; 4,2%).

No período, o estado do Pará liderou as vendas externas por meio das empresas comerciais exportadoras, totalizando US$ 5,224 bilhões, o que representou 32% do total exportado. Em seguida, destacam-se: Espírito Santo (vendas de US$ 2,179 bilhões; 13,3%), Minas Gerais (US$ 1,945 bilhão; 11,9%), Mato Grosso (US$ 1,763 bilhão; 10,8%), e Paraná (US$ 1,373 bilhão; 8,4%).

Importações


Os bens industrializados representaram 95,1% das importações brasileiras por meio de trading companies, de janeiro a agosto deste ano, sendo 90,3% de produtos manufaturados e 4,8% de semimanufaturados. Destacam-se os automóveis de passageiros (US$ 1,060 bilhão, equivalente a 31,9% do total importado), as máquinas automáticas para processamento de dados (US$ 207,6 milhões; 6,3%), as máquinas e aparelhos de terraplanagem (US$ 205,4 milhões; 6,2%), e os aparelhos transmissores e receptores de telefonia celular (US$ 127,6 milhões; 3,8%).

Os principais mercados de origem, no período analisado, foram a China, (US$ 698,5 milhões, equivalente a 21% das importações), seguida pela Argentina (US$ 596,4 milhões; 18%), pelos Estados Unidos (US$ 425,3 milhões; 12,8%), pelo México (US$ 229,9 milhões; 6,9%), e pelo Reino Unido (US$ 152,1 milhões; 4,6%). Os estados brasileiros com maior volume de compras externas via trading companies nos primeiros oito meses do ano foram o Espírito Santo (US$ 1,157 bilhão; 34,9% do total das compras), o Rio Grande do Sul (US$ 720,4 milhões; 21,7%)e São Paulo (US$ 390,1 milhões; 11,8%).

Fonte: MDIC
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