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22/08/2012
“Brasil precisa ter pauta exportadora do século 21”, diz Pimentel
 
Brasília (22 de agosto) – Foi lançado hoje, durante a reunião do Conselho Nacional de Secretários de Desenvolvimento Econômico (Consedic), o Plano Nacional da Cultura Exportadora, que visa coordenar e promover ações de desenvolvimento e difusão da cultura exportadora nas Unidades da Federação. Durante o evento, no auditório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, destacou que o Brasil faz parte hoje do clube das economias desenvolvidas do mundo. “Isso é um fato consolidado e precisamos compreender os desafios que estão pela frente”, disse o ministro.

Para Pimentel, a indústria brasileira deve se adaptar para crescer de forma semelhante aos setores agrícola e mineral. O ministro ainda enfatizou que a pauta brasileira de produtos exportados deve mudar. “Os países desenvolvidos não têm uma pauta exportadora concentrada em commodities agrícolas e manufaturas de trabalho intensivo. Eles têm uma pauta de produtos de capital intensivo e de alto valor agregado, com aplicação de tecnologia e inovação. Essa é a pauta do século 21 e essa é a mudança que temos que implementar na economia brasileira”, analisou.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, que coordena o Plano Nacional da Cultura Exportadora, disse que a ideia é ainda desconcentrar, regionalmente, as exportações brasileiras. “Atualmente, 14 estados brasileiros exportam, individualmente, menos de 1% do total comercializado pelo país no mercado exterior. O objetivo é mobilizar e capacitar gestores públicos, empresários de pequeno e médio porte, e profissionais de comércio exterior para aumentar e qualificar a base exportadora”, explicou a secretária.

Vinte e dois estados participam do Plano Nacional da Cultura Exportadora, que tem cinco eixos de atuação: cultura exportadora; inteligência comercial e competitiva; ambiente de negócios; diversificação e qualificação da pauta exportadora; e promoção comercial. A partir de agendas de trabalho construídas com os governos estaduais, foram elaborados Mapas Estratégicos (14 estados) e Planos de Ação (oito estados) de Comércio Exterior. Para cada estado, foram selecionados setores estratégicos para o comércio exterior com definição das respectivas ações e atividades. A execução do plano será acompanhada online pelo Sistema de Informações Gerencias (SIG) para avaliação das ações.

Os Mapas Estratégicos foram entregues para os estados com número considerável de empresas exportadoras ou com potencial exportador e em que há ambiente institucional favorável para o comércio exterior. São eles: Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Está prevista a inclusão do estado do Rio de Janeiro no Plano Nacional da Cultura Exportadora, que, posteriormente, terá o seu Mapa Estratégico de Comércio Exterior.

Oito estados, com número reduzido de empresas exportadoras e com ambiente institucional em desenvolvimento (fase inicial) para o comércio exterior, receberam Planos de Ação. São eles: Acre, Alagoas, Amapá, Paraíba, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.

Para executar o plano, o MDIC conta com a parceria das seguintes instituições: Apex-Brasil, Agência Brasileira do Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Caixa Econômica Federal, Confederação Nacional da Indústria (CNI), Correios, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sebrae, Senac, Senai e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Fonte: MDIC
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