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16/08/2012
Egípcio quer vender eletrodomésticos no Brasil
 
Gerente de marketing da empresa Universal está em São Paulo e pretende encontrar parceiro local para fabricar e comercializar seus produtos no mercado nacional.

São Paulo – O Brasil pode ser o próximo destino da indústria de eletrodomésticos egípcia Universal Group. O gerente internacional de marketing da empresa, Hesham Ayad, está em São Paulo até a próxima sexta-feira (17) em busca de parceiros locais para fabricar seus produtos. A proposta de Ayad é que uma empresa nacional de eletrodomésticos faça e venda no País os produtos da Universal. Em troca, ele oferece a oportunidade de fabricar e comercializar no Egito os produtos deste parceiro brasileiro.

"Nós pretendemos encontrar um parceiro no Brasil para fazer uma joint-venture. Acredito que esta é a melhor forma de entrar no País. Nossos produtos têm um bom preço nos mercados árabes, onde somos líderes, mas se os exportássemos para o Brasil, os impostos e o frete os tornariam caros e não teríamos condições de competir com as empresas que já estão aqui e que conseguem praticar um preço relativamente baixo", afirmou Ayad durante a visita à Câmara de Comércio Árabe Brasileira nesta quarta-feira (15).

A Universal produz fogões, fornos, máquinas de lavar roupas, aquecedores de água, aquecedores de ambiente a óleo, refrigeradores e aspiradores de pó. Segundo Ayad, a proposta da companhia é vender máquinas de lavar roupa e fogões no Brasil. A América Latina é o continente em que a Universal tem menor atuação. Ela já exportou para a Argentina, há quatro anos, e agora quer entrar no mercado brasileiro.

A empresa vende para Europa, Ásia, África e Oriente Médio. Tem oito fábricas, 700 empregados no Egito e faturamento anual de 1 bilhão de libras egípcias, o equivalente a US$ 164,4 milhões. "O Brasil tem uma população de 200 milhões de pessoas e um mercado em crescimento. É o maior país da América Latina e nós precisamos estar nele", disse. Ayad afirmou que se reuniu com executivos da fabricante de eletrodomésticos Atlas e que as conversas foram produtivas.

De acordo com o executivo, outra opção para vender os produtos da Universal no País caso não encontre um parceiro local, seria exportar para cá, a partir do Egito, produtos "classe A". Ou seja, de melhor qualidade, maior valor agregado e mais caros. Assim, seria possível obter lucro mesmo com os impostos e o frete.

Fonte: ANBA
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