São Paulo – O empreendedorismo do empresário Marcos Silveira Santos transformou o que poderia ser uma história triste em um caso de sucesso. Ex-funcionário de uma fábrica de botões que faliu, Santos decidiu convocar os colegas e montou sua própria fábrica do ramo. Isso, há 36 anos. Hoje, o trabalho dos dez funcionários da Jomar Botões já chega a todo o Brasil e também vem ganhando espaço no exterior.
"Os norte-americanos vieram para o Rio Grande do Norte e conheceram nosso produto em um armarinho. Então, pegaram nossa etiqueta e resolveram negociar direto com a fábrica", conta Santos, sobre os mais novos clientes da Jomar.
A empresa começou as exportações há dois anos para o Chile, com uma história bem parecida com a dos importadores norte-americanos. Foram empresários chilenos que vieram para o Rio de Janeiro, conheceram os botões fabricados em um bairro da Zona Leste de São Paulo e fizeram a primeira compra internacional da indústria.
"Vendemos por meio de uma outra empresa. Eles fazem a negociação e o transporte. Só entregamos a mercadoria", diz o empresário. A outra empresa é a trading ELP Comércio Exterior. "Como não temos ninguém que fale inglês ou espanhol, eles fazem esse trabalho para nós", explica.
Hoje, a empresa já tem um segundo cliente no Chile e espera conquistar novos mercados no exterior pela internet. "Por meio do nosso site, as pessoas vão nos localizando", afirma. No Brasil, as vendas da Jomar são feitas para confecções e armarinhos, já no mercado externo, elas são feitas a distribuidores.
Os botões exportados pela Jomar são usados em tapeçaria, mas a indústria também produz botões para bonés e para o uso em roupas. No total, a empresa produz uma média de 500 mil botões por mês, de alumínio e também de plástico. Em geral, relata o empresário, as exportações são feitas em pacotes com cem peças, a um custo de R$ 3,70 por pacote.
O faturamento da empresa varia conforme os pedidos, já que as vendas são feitas de acordo com o que há em estoque. Em média, diz Santos, a Jomar fatura R$ 50 mil por mês.
Fonte: ANBA