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15/08/2012
BRF fatura mais na África e no Oriente Médio
 
Empresa elevou volume de vendas e receitas nas duas regiões no segundo trimestre. O lucro total, porém, caiu 99% e ficou em R$ 6 milhões. A indústria culpa os preços dos insumos.

São Paulo – Cresceram as receitas obtidas pela Brasil Foods (BRF) em suas operações no Oriente Médio e na África no segundo trimestre. De acordo com balanço divulgado na noite de segunda-feira (13), o faturamento total da empresa aumentou 9% na comparação com o mesmo período de 2011 e somou R$ 6,8 bilhões. O lucro líquido, no entanto, caiu 99% para R$ 6 milhões. O motivo da queda, segundo a indústria, foi o aumento de custos provocado, principalmente, pelos preços das commodities.

O volume de vendas da empresa na África cresceu 9,9% sobre o segundo trimestre de 2011 e a receita líquida aumentou 21,7% na mesma comparação, passando de R$ 181 milhões para R$ 221 milhões. O faturamento com os negócios no continente de abril a junho, porém, foi menor do que o registrada nos primeiros três meses deste ano, que foi de R$ 227 milhões.

Já no Oriente Médio, a receita líquida da BRF chegou a R$ 1 bilhão entre abril e junho de 2012, contra R$ 782 milhões no mesmo período do ano passado, alta de 29,2%, segundo o balanço. O volume comercializado avançou 29,7% na mesma comparação. No primeiro trimestre deste ano, a companhia obteve R$ 735 milhões na região.

No comunicado enviado ao mercado, a BRF afirma que as vendas totais no segundo trimestre chegaram a 1,4 milhão de toneladas, aumento de 4,9% na comparação com o mesmo período de 2011. Mais isso não foi suficiente para garantir a manutenção do lucro, que no intervalo de abril a junho do ano passado ficou em R$ 498 milhões. A empresa informa que nem o aumento de preços repassado foi suficiente para “repor os custos resultantes da acelerada elevação dos grãos”. A companhia vende principalmente carnes.

A quebra de safra de milho nos Estados Unidos levou a commodity, que é utilizada como ração animal, a atingir preços recordes este ano. A cotação do produto na Bolsa de Chicago passou dos US$ 7,50 por bushel em julho, alta de 29% em relação a junho, conforme os cálculos da Brasil Foods. O avanço do preço do farelo de soja, outro insumo, foi de 59% em julho na comparação com janeiro deste ano.

Além disso, a indústria alega que o lucro líquido foi menor porque o cumprimento do acordo celebrado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acarretou em “custos transitórios” e “perda temporária” de eficiência nas operações. Após a fusão da Sadia com a Perdigão, que criou a Brasil Foods, o Cade determinou a venda de fábricas, alienação e suspensão de marcas para que não ficasse caracterizado monopólio.

Fonte: ANBA
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