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15/08/2012
Trading companies venderam US$ 14,164 bilhões até julho
 
Brasília (14 de agosto) – As exportações brasileiras realizadas via trading companies, nos primeiros sete meses do ano, somaram US$ 14,164 bilhões e as importações do segmento foram de US$ 2,897 bilhões. Com isso, a corrente de comércio do setor totalizou US$ 17,061 bilhões e o saldo positivo alcançou US$ 11,267 bilhões.

Em relação ao total vendido pelo Brasil ao exterior no período (US$ 138,2 bilhões), as exportações das empresas trading companies representaram 10,2%. Já em relação ao total importado pelo país no semestre (US$ bilhões), a participação foi de 2,3%.

No comparativo com o mesmo período de 2011, as vendas brasileiras dessa categoria de empresas (US$ 16,568 bilhões) recuaram 14,5% e as aquisições (US$ 3,447 bilhões) diminuíram 16%. O saldo, entre janeiro e julho do ano passado, foi de US$ 13,121 bilhões e, portanto, houve diminuição de 14,1% em relação ao mesmo período deste ano, o que também ocorreu com a corrente de comércio (US$ 20,015 bilhões), que retrocedeu 14,8%.

Produtos

As exportações de produtos básicos responderam por 84,5% do valor exportado entre janeiro e julho de 2012 pelas trading companies. Foram destaques: minério de ferro (US$ 7,580 bilhões, com participação de 53,5% do total exportado), soja em grão (US$ 2,397 bilhões, 16,9%), carne de frango (US$ 828,1 milhões, 5,9%), farelo de soja (US$ 379,6 milhões, 2,7%), e milho em grão (US$ 270,2 milhões, 1,9%).

As vendas brasileiras do segmento de produtos industrializados, no acumulado do ano, corresponderam a 15,5% (manufaturados representaram 10,2% da pauta e os semimanufaturados, 5,3%), sendo os principais produtos comercializados: açúcar em bruto (US$ 452,6 milhões, 3,2%), suco de laranja (US$ 392,4 milhões, 2,8%), açúcar refinado (US$ 162 milhões, 1,1%), ouro semimanufaturado (US$ 139,6 milhões, 1%), café solúvel (US$ 110 milhões, 0,8%),

Na pauta de importação das trading companies, os bens industrializados representaram 94,7% (89,9% de manufaturados e 4,8% de semimanufaturados) e os produtos básicos corresponderam 5,3%. Os bens mais adquiridos pelo setor foram: automóveis de passageiros (US$ 853,2 milhões, com participação de 29,5% do total importado), máquinas automáticas para processamento de dados (US$ 200 milhões, 6,9%), máquinas e aparelhos de terraplanagem (US$ 198,8 milhões, 6,9%), aparelhos transmissores e receptores de telefonia celular (US$ 125,2 milhões, 4,3%), e veículos e materiais para vias férreas (US$ 91,3 milhões, 3,2%).

Mercados

O principal mercado de destino das exportações brasileiras do segmento, de janeiro a julho deste ano, foi a China, com vendas de US$ 5,053 bilhões, representando 35,7% do total exportado. Na sequência, apareceram: Japão (US$ 1,122 bilhão, com participação de 7,9%), Países Baixos (US$ 753,3 milhões, 5,3%), Coreia do Sul (US$ 717,1 milhões, 5,1%) e Itália (US$ 578,7 milhões, 4,1%).

A China foi também principal mercado fornecedor das empresas trading companies nos sete primeiros meses do ano. O setor importou do mercado chinês US$ 639,7 milhões, valor equivalente a 22,1% das compras totais no ano. Na segunda posição está a Argentina (US$ 493,1 milhões, com participação de 17%), seguida por Estados Unidos (US$ 392,8 milhões, 13,6%), México (US$ 167,9 milhões, 5,8%), e Reino Unido (US$ 134,6 milhões, 4,7%).

Trading companies

As vendas ao exterior por intermédio das empresas trading companies são classificadas como exportações indiretas e são equiparadas às exportações diretas no aspecto fiscal. Elas apresentam vantagens, principalmente, para o pequeno e médio produtor nacional que não dispõem de uma estrutura própria dedicada às operações de comércio exterior.

Fonte: MDIC
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