São Paulo – Um estudo divulgado na última semana pela Dubai Chamber, câmara de comércio do emirado, identificou importantes mercados potenciais para a reexportação do café importado pelos Emirados Árabes Unidos. Catar, Cazaquistão, Groelândia, Lituânia, Letônia e Áustria são apontados como países cujo valor de compra do produto apresentou crescimento entre os anos de 2006 e 2011. Estes também são mercados nos quais a maioria dos importadores pagou um preço maior pelo café adquirido no exterior.
"O estudo sugere que estes mercados têm um potencial significativo para os traders de café dos Emirados Árabes porque são aqueles nos quais o valor anual das importações chega a milhões de dólares e estão localizados no centro e no norte da Europa, região que, de acordo com a Organização Internacional do Café (ICO na sigla em inglês), tem um alto consumo per capita de café", informa nota divulgada pela Dubai Chamber.
O documento também propõe a abertura de lojas para a venda de café e de produtos relacionados a ele nestes países, como forma de auxiliar os reexportadores dos Emirados a aumentar sua participação de mercado. "Estas medidas poderiam ajudar os Emirados a se tornarem o hub de comércio de café para os mercados emergentes da região do Oriente Médio e Norte da África, Sul da Ásia e África", aponta a nota.
De acordo com o relatório, os Emirados Árabes também apresentaram aumento no consumo doméstico de café nos últimos anos. O número de lojas de café no país passou de 118, em 2008, para 160, em junho de 2012, enquanto as empresas que comercializam o produto saltaram de 99, em 2008, para 112, na metade deste ano. "A evolução de Dubai como um importante reexportador de café também resultou em um crescimento consistente ano a ano no número de empresas comercializadoras de café”.
Brasil, Itália, Suíça e Alemanha são apontados como importantes fornecedores de café aos Emirados em 2011. "De acordo com a ICO, os três principais países com maior excedente exportável no mundo na safra de 2011/2012 são Brasil, Vietnã e Colômbia. No futuro, estes países com grandes excedentes exportáveis poderiam ser analisados por seu potencial para suprir os Emirados Árabes com café de qualidade para uso doméstico e reexportação", conclui o documento.
Fonte: ANBA