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13/08/2012
Oito países árabes compram calçados Villione
 
A marca de Franca exporta há seis anos para a região, que representa 30% das vendas lá fora. A empresa estima crescimento de 25% a 30% nos envios ao exterior no segundo semestre deste ano.

São Paulo – A Villione, marca paulista de calçados masculinos de alto padrão, cuja fábrica fica no município de Franca, exporta para oito países árabes. Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Jordânia, Kuwait, Líbano, Marrocos e Síria respondem por 30% das vendas externas da empresa, de acordo com o gerente de Negócios Internacionais, Rony Moreira. A Villione produz cerca de 800 pares ao dia e envia 30% para o exterior.

A empresa fabrica tanto a sua própria marca como calçados de grifes brasileiras e estrangeiras, em sistema de private label. No Brasil, a empresa é responsável, por exemplo, pela fabricação de sapatos Calvin Klein, Reserva, Forum, Triton, John John, e para sapatarias como a Fascar. Além de produzir, a indústria desenvolve as coleções em parceria com estilistas das marcas.

Para o exterior também são enviados calçados nas duas modalidades, marca própria e de terceiros. Mas neste caso, as marcas são das grifes lá de fora. Uma delas é a Hush Puppies, que é inclusive embarcada para o mundo árabe. Na região, conta Moreira, os maiores clientes são Dubai, nos Emirados, e Arábia Saudita. O perfil dos calçados varia segundo o país. Para o Líbano, por exemplo, vão os mais clássicos, para Dubai os mais arrojados de grifes e tradicionais da Villione, e para os sauditas modelos da moda, como da Hush Puppies.

Moreira vê um bom potencial para o crescimento das vendas para mundo árabe e exterior como um todo. Segundo ele, a empresa espera avanço de 25% a 30% neste segundo semestre do ano sobre o primeiro, e de 30% em 2013 sobre 2012. Ele explica que no primeiro semestre o mercado estava em queda, mas em julho já houve reação. Mesmo em período de crise, conta Moreira, a empresa não deixou de investir nas vendas externas, o que lhe deu credibilidade junto aos clientes e crescimento assim que o câmbio melhorou.

A Villione exporta para 38 países e os seus principais mercados são América do Sul, principalmente Colômbia, e Europa, principalmente Suíça, Alemanha e Itália. “Mas exportamos praticamente para toda Europa”, conta Moreira. Segundo o gerente de Negócios Internacionais, as exportações começaram em 2002 e as vendas para os árabes há cerca de seis anos. Para o Oriente Médio e Norte da África, o pontapé para a entrada nos mercados foi dado a partir do contato com importadores da região em feiras na Europa e no Brasil.

Uma das estratégias da empresa, para manter e aumentar suas vendas em outros países, é a participação em feiras. A Villione normalmente está presente em mostras na Itália, Alemanha e Colômbia. No Brasil, expõe na Francal, Couromoda e Salão Internacional do Couro e Calçado (SICC), que recebem muitos visitantes estrangeiros. Desde 2002, depois que as exportações começaram por meio de um agente na Inglaterra, a empresa não parou de investir no mercado internacional. E pretende fazê-lo cada vez mais.

A Villione fabrica calçados masculinos tradicionais para as classes A e B, mas procura colocar neles as inovações e tendências de moda. A área de pesquisa internacional de moda, segundo Moreira, é intensa dentro da empresa e é liderada por um dos sócios, Adilson Pimenta, que também é diretor comercial. Além de Pimenta, também são sócios da indústria Elisângela Pimenta, diretora financeira, e Danilo Granero, diretor de compras.

A Villione foi fundada em 1997 e é uma empresa familiar. Antes de criar a indústria, no entanto, os seus diretores já atuavam na área, como prestadores de serviço em montagem de calçados. A empresa mantém duas unidades fabris em Franca, uma com a produção dos calçados e outra para confecção de solas pré-fabricadas que são usadas nos seus sapatos. Os produtos são todos de couro.

Fonte: ANBA
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