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10/08/2012
Arábia Saudita é foco para indústria de doces
 
País foi selecionado como mercado-alvo para as exportações de balas, chocolates e amendoins do Brasil. Convênio entre Apex e Abicab investirá R$ 5,3 milhões em ações de promoção em seis países.

São Paulo – A Arábia Saudita vai ser um dos focos das exportações de doces brasileiros nos próximos anos. O país foi selecionado como um dos mercados-alvo no convênio do Projeto Sweet Brasil assinado esta semana pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) para a realização de ações de promoção e inteligência comercial de 2012 até 2014.

O convênio vai investir um total de R$ 5,3 milhões em ações na Arábia Saudita, Angola, Chile, Colômbia, Estados Unidos e Peru. "Por meio de pesquisa, identificamos um grande potencial para produtos de confeitaria na Arábia Saudita", aponta Solange Isidoro, vice-presidente de exportações da Abicab. Segundo ela, o chocolate é o produto de maior potencial para vendas no mercado saudita.

"Vimos que há um consumo maior de chocolates finos na Arábia Saudita", complementa Frederico Silva, gestor do projeto Sweet Brasil na Apex. De acordo com Silva, o país do Golfo também foi selecionado por haver "facilidade das empresas brasileiras em fazer negócios com os árabes. Há empresas sauditas que se mostraram muito parceiras das empresas brasileiras", diz.

Entre as ações que estão programadas para o mercado árabe estão a participação de empresas brasileiras na Gulfood, maior feira do setor de alimentos do Oriente Médio, em 2013 e 2014, e o envio de uma missão de analistas de inteligência para identificar os concorrentes, importadores, canais de venda e parceiros em potencial.

"Vamos convidar estes parceiros para nos visitar na Gulfood", afirma Silva. "Também está sendo planejada uma rodada de negócios para se realizar antes, durante ou depois da feira, na qual empresas de alimentos e bebidas já mostraram interesse em se juntar ao setor de doces para participar", revela.

Apesar de acontecer em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a Gulfood atrai visitantes de diversos países da região, inclusive da Arábia Saudita. "Nosso estande na Gulfood tem espaço para seis empresas, mas há de cinco a dez outras empresas querendo ir", conta Silva.

De acordo com o gestor da Apex, o mercado árabe está aumentando em importância para as fabricantes brasileiras de doces. "É um mercado que está crescendo e o Brasil quer explorar mais. É o segundo grande foco das empresas brasileiras (depois da América do Sul)", explica.

"Os países árabes possuem grande potencial no mercado de confeitaria", afirma Isidoro, da Abicab. Segundo a executiva, países como Emirados Árabes, Iêmen e Jordânia, também são interessantes para a indústria nacional de doces.

Em 2011, o Brasil exportou um total de U$ 336 milhões em produtos de confeitaria. Para os países árabes foram US$ 3,5 milhões e 1,7 toneladas de produtos. Segundo a vice-presidente da Abicab, as exportações para os países do Oriente Médio e Norte da África devem apresentar um crescimento de 14% no faturamento em 2012 em relação ao ano passado.

Fonte: ANBA
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