Notícias
02/08/2012
Setor de máquinas faz parceria para exportar
 
A indústria da área lançou novo acordo com a Apex, que prevê investimentos de US$ 1,78 milhão para aumento das vendas externas nos próximos dois anos. Melhorar os equipamentos está entre as metas.

São Paulo – A indústria de máquinas para produção de calçados e couros quer exportar mais. O setor lançou nova parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), que prevê investimentos de R$ 1,78 milhão em ações para promover os equipamentos brasileiros no exterior nos próximos dois anos. O acordo foi apresentado nesta terça-feira (31), na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, pela Apex e a Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq).

A parceria existe há mais de dez anos, mas, de acordo com o presidente da Abrameq, Marlos Schmidt, há algumas novidades para o próximo período. Uma delas é o fomento ao desenvolvimento de equipamentos com design competitivo pela indústria, o que inclui a melhora do visual da máquina, otimização do processo, da ergonomia e da segurança do operador, ganho de produtividade, entre outros pontos. Profissionais de fora do País serão chamados para fazer uma avaliação dos equipamentos e indicar como eles podem ser melhorados nestas áreas.

Outra novidade será o desenvolvimento de uma fábrica virtual, que unirá maquete e tecnologia, e por meio da qual as máquinas brasileiras e seu funcionamento poderão ser mostrados em feiras e missões no exterior. Schmidt explica que uma das dificuldades, na promoção lá fora, é transportar os equipamentos. “O cliente fica ansioso para ver a máquina funcionando”, conta Schmidt. A fábrica virtual resolverá essa questão e será um instrumento para mostrar a tecnologia produzida no Brasil.

Além destas duas, o projeto, chamado “Máquinas By Brasil”, contempla ações tradicionais de promoção, como participação em feiras, missões comerciais, realização de projetos compradores (nos quais importadores são convidados para rodadas de negócios no Brasil) e jornadas técnicas, palestras sobre a tecnologia brasileira em mercados no exterior. Fazem parte do projeto 71 empresas, das quais 45 já são exportadoras.

Para os próximos dois anos, as ações serão voltadas principalmente para Bolívia, Equador, Peru, Argentina, Colômbia e México, na América do Sul, além de Índia e África do Sul. De acordo com Schmidt, são as empresas do projeto que fazem a escolha dos mercados alvo, de acordo com informações sobre a produção de calçados nos mercados de destino. Nos últimos anos, relata ele, nações árabes não foram escolhidas por elas. A assinatura da parceria foi feita pelo presidente da Apex, Maurício Borges, e por Schmidt.

As empresas integrantes do projeto tiveram, em 2009, receita de US$ 12,7 milhões com exportações. No ano passado, a receita chegou a US$ 14,2 milhões. Os dados de 2010 não foram informados.

Fonte: ANBA
Voltar - Início