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13/07/2012
Brasil vai unificar certificação halal
 
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne está desenvolvendo projeto para padronizar os procedimentos de abate islâmico no País.

São Paulo – A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) está desenvolvendo um projeto para padronizar a certificação halal realizada no Brasil. O objetivo é dar mais transparência ao processo, mostrando aos importadores quais as regras seguidas durante o processo de abate de bois no Brasil.

O termo “halal” significa “permitido” e mostra que o animal foi abatido conforme a tradição islâmica. A certificação é uma exigência para a importação de carne em países muçulmanos. No Brasil, o aval é dado por diferentes certificadoras.

“Queremos dar uma ideia clara do que é a carne halal brasileira, o que é exigido dos degoladores, o que é exigido do processo”, disse Fernando Sampaio, diretor-executivo da Abiec, nesta quinta-feira (12), em reunião com uma delegação de importadores de alimentos do Oriente Médio organizada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

Segundo Sampaio, os requisitos da certificação halal variam de país para país. Ele disse que a Abiec vai realizar uma consulta a religiosos de diferentes países para definir qual será o padrão brasileiro de halal. O projeto deve ser finalizado em setembro deste ano.

“Quando o cliente receber a carne com selo de carne bovina halal brasileira, ele poderá entrar na internet e ter exatamente a descrição do processo, de como aconteceu, para ter a garantia e a certeza de que o que ele queria está sendo cumprido”, afirmou.

Sobre as vendas ao Oriente Médio, Sampaio conta que países que estavam em crise estão retomando as compras. “Alguns países estão se estabilizando. A Líbia, por exemplo, já compra mais do que comprava com o Kadafi, e o Egito voltou a comprar bastante”, destacou. Ele acrescenta que estão sendo estudadas ações promocionais, como a realização de workshops, em mercados como Egito e Arábia Saudita.

Os países árabes também continuam com as compras de carne de frango aquecidas, de acordo com Ricardo Santin, diretor de Mercados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), que também participou da reunião. “O mercado árabe é o nosso maior cliente. Na estabilização, depois da Primavera Árabe, a gente sentiu uma retomada das compras, em países como o Egito, que está retomando o tamanho [de suas importações], o Iraque voltou a comprar, a Líbia, que não comprava do Brasil, comprou a quantidade de 30 mil toneladas no primeiro semestre, então é uma boa surpresa”, apontou.

De janeiro a junho deste ano, o Brasil exportou um total 1,987 milhões de toneladas de carne de frango. Segundo Santin, 36% deste volume foi para os países árabes.

Fonte: ANBA
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