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20/06/2012
Brasil importa menos fertilizante
 
As compras do produto do Oriente Médio e Norte da África recuaram 26% no começo deste ano. Houve queda nas importações gerais de adubos pelo Brasil em proporção parecida.
 
São Paulo – O mercado brasileiro reduziu importações de adubos e fertilizantes dos países árabes nos primeiros cinco meses do ano. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as compras caíram de US$ 365,8 milhões de janeiro a maio de 2011 para US$ 269,8 milhões no mesmo período de 2012, com recuo de 26%. Em volume a queda foi maior, de 32%, de 755,8 mil toneladas para 514,3 mil toneladas.

De acordo com Tomás Huyer, diretor da Intertrade Group, empresa gaúcha que trabalha com importações na área, a Tunísia, que é um dos fornecedores do Brasil, diminuiu a sua produção drasticamente em função dos seus problemas internos. As greves que vem ocorrendo em vários setores do país, diz ele, estão fazendo a Tunísia reduzir suas exportações em geral. O país fornece ao mercado brasileiro principalmente superfosfato e seus produtos.

Quanto aos demais fornecedores árabes, Huyer afirma que não vê um motivo para uma queda nas compras. Ele acredita que ela tenha sido sazonal e não esteja havendo uma troca de fornecedores. O mercado brasileiro, afirma o executivo, deve aumentar as importações no ano. "E os grandes fornecedores são os mesmos", diz, citando o Marrocos na área de fosfatos.

Entre os adubos que o Brasil comprou dos países árabes de janeiro a maio estão superfosfato, diidrogênio-ortofosfato de amônio, ureia com teor de nitrogênio e hidrogênio-ortofosfato de diamonio. O maior fornecedor foi o Marrocos, com US$ 209 milhões, queda de 17%, o segundo o Egito, com US$ 35 milhões e recuo de 37%, seguido pelo Kuwait, com US$ 14,7 milhões, volume 140% maior do que nos primeiros cinco meses de 2011, e dos Emirados, com US$ 6,7 milhões (o país não forneceu no mesmo período do ano passado).

As compras da Tunísia ficaram em US$ 3,7 milhões e o recuo foi de 73%. De janeiro a maio do ano passado, o Brasil também comprou adubos e fertilizantes de Omã e Catar, em US$ 19 milhões e US$ 17 milhões, respectivamente. Neste ano, porém, não há registro de compras do produto destas duas nações até o mês de maio no MDIC.

Dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) mostram que houve recuo em geral nas importações brasileiras de fertilizantes neste ano. De janeiro a abril, as compras feitas lá fora pelo setor contabilizaram 4,2 milhões de toneladas, com recuo de 25% sobre o mesmo período de 2011. Em contrapartida, a produção nacional avançou 4,8%, para 2,9 milhões de toneladas, e as exportações caíram 46,3% para 94 mil toneladas. O consumo interno, segundo a Anda, avançou 8,3% para 6,8 milhões de toneladas.

Fonte: ANBA
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