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22/05/2012
Árabes são foco de venda de arroz
 
Convênio entre Apex e Abiarroz vai promover exportação do produto para oito países, entre eles Jordânia e Arábia Saudita. Objetivo é vender arroz e seus derivados lá fora.
São Paulo – Jordânia e Arábia Saudita estão entre os mercados-alvo para as exportações brasileiras de arroz. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), em parceria com Instituto Rio-Grandense do Arroz (IRGA), assinam nesta terça-feira (22) um convênio para o Projeto Setorial para os anos de 2012/2013, com o objetivo de promover as vendas dos produtos no exterior.

O convênio fará o investimento de R$ 2,6 milhões para promover comercialmente o arroz e seus derivados nos dois países árabes, além de África do Sul, Angola, Nigéria, Espanha, Cuba e Chile. A seleção dos países foi feita com base em um estudo de mapeamento de mercado feito pela Apex. "Estudamos os mercados com maior potencial de crescimento e, junto com as empresas, vimos quais teriam maior potencial de retorno", explica Alberto Bicca, gestor de Projetos da Apex.

"O mercado árabe foi escolhido porque o produto brasileiro é passível de ser explorado nestes mercados, que têm potencial de crescimento", completa Rogério Bellini, diretor de Negócios da Apex. "Nos próximos dois anos teremos um conjunto de ações que serão traduzidos em cooperação com as empresas brasileiras", destaca.

Entre as ações que devem ser promovidas nos países árabes estão a realização do Projeto Comprador, com a vinda de importadores para participar de feiras do setor no Brasil; e também o Projeto Vendedor, com rodadas de negócios nos países árabes. "O mercado do Oriente Médio é um grande consumidor de arroz e é comprador da Tailândia. Estes países (Jordânia e Arábia Saudita) serão a porta de entrada para as empresas venderem na região", conta Fernando Schwanke, técnico da Abiarroz.

Na safra de 2010/2011, o Brasil exportou 2,089 milhões de toneladas de arroz. O convênio pretende aumentar estas vendas em 15%. Nos dois primeiros meses de comercialização da safra 2011/2012, já foram exportadas 340 mil toneladas. "O Brasil produz 11 milhões de toneladas e consome oito. A exportação é de excedente. O projeto quer manter a uniformização das exportações neste patamar para manter um equilíbrio para o produtor no mercado interno. O produto brasileiro é de excelência", ressalta Schwanke.

O convênio terá início com a capacitação das empresas do setor. Atualmente, dos 46 associados da Abiarroz, apenas 20 vendem para o mercado externo e a maioria o faz por meio de tradings. O foco do convênio, no entanto, vai além da exportação do grão de arroz.

"O projeto visa desenvolver a indústria de derivados, como óleo, farelo e farinha de arroz”, afirma Bicca. "O objetivo é agregar valor na cadeia produtiva. A farinha de arroz, por exemplo, não contém glúten e pode ir para o mundo para ser vendido no mercado para celíacos", explica Schwanke.
Fonte: ANBA
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