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30/04/2012
Árabes são mercados-alvo para jóias
 
Apex e IBGM renovaram convênio esta semana para a promoção das exportações de gemas, jóias e bijuterias. Catar e Emirados Árabes estão entre os focos do projeto.

São Paulo – O Catar e os Emirados Árabes Unidos estão no foco das exportações de joias do Brasil. Na última semana, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) renovaram o convênio do Projeto Setorial de Gemas, Joias e Bijuterias, para os anos de 2012 e 2013, colocando os dois países árabes entre os mercados-alvo para as ações de promoção comercial do setor.

O valor total do convênio é de R$ 13,5 milhões, dos quais a Apex entra com 70% e as empresas participantes com os outros 30%. Em janeiro deste ano, o cadastro de companhias do projeto setorial contabilizava 157 marcas.

As metas do convênio são aumentar o volume de exportação das empresas participantes em 8% em 2012 e 15% em 2013 sobre 2011. Em valores, as exportações totais de joias, gemas e metais preciosos somaram US$ 3 bilhões no ano passado, segundo dados do IBGM.

Sobre a seleção de Catar e Emirados Árabes para mercados-foco do setor no Brasil, Deborah Rossoni, gestora de Projetos da Apex, explica que eles são países que já compram joias do Brasil há algum tempo e que o objetivo é aumentar as ações nestes mercados.

"Fazemos estudos que analisam índices quantitativos e qualitativos. No caso destes mercados, entendemos que este é o momento para intensificar as ações", conta. Entre os índices quantitativos que são analisados estão o Produto Interno Bruto do país, previsão de crescimento, concorrentes do Brasil naquele mercado e outros. Já entre as variáveis qualitativas são analisadas questões como o relacionamento cultural com o Brasil, a facilidade das empresas brasileiras acessarem aquele mercado, etc.

O projeto coloca mercados-alvos distintos para os diferentes segmentos do setor. No caso dos árabes, os Emirados são foco para as exportações de joias, bijuterias e folheados, já o Catar é alvo exclusivo para as vendas de joias.

"As peças brasileiras têm um design diferenciado", diz Rossoni. "São peças que trabalham com pedras coloridas. O Brasil é um dos maiores produtores de pedras coloridas do mundo. Pedras que antes não eram valorizadas, hoje dão um toque diferente à joalheria convencional", explica a gerente sobre o sucesso da joalheria brasileira no mundo árabe.

As ações a serem realizadas envolvem a participação das empresas brasileiras em feiras no Oriente Médio, a realização do Projeto Comprador, que traz importadores ao Brasil para visitar a Feira da Indústria de Joias, Relógios e Afins (Feninjer), em São Paulo, além de participar de rodadas de negócios. Há ainda o Projeto Imagem, que promove a vinda de jornalistas e formadores de opinião para cobrir eventos do setor.

"Fazemos também um "truck show", no qual realizamos um dia de exibição em uma joalheria, na qual as peças brasileiras ficam expostas e à venda. É um evento de lançamento, um dia promocional", conta Rossoni.

A gerente da Apex fala ainda sobre o Projeto Carnaval, que tem trazido bons resultados ao setor. "O projeto acontece no Rio de Janeiro. Os importadores vêm ao Brasil para participar de rodadas de negócios e assistem a duas noites de carnaval. Tem trazido resultados muito grandes pois o pessoal do IBGM e das empresas acompanham e isso gera um relacionamento muito bom", explica.
Fonte: ANBA
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