Pátio de empilhamento de pelotas da Vale em Itabiritos (MG) (Marcelo Araújo/Agência Vale)
Os dados do MDIC revelam também que a quantidade de minério embarcada somou 27,5 milhões de toneladas no primeiro trimestre, alta de 11,1% sobre igual período de 2011. Ainda assim, José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), lembra que a receita das exportações apresentou queda acentuada no período, chegando a US$ 6,7 bilhões. “Um recuo de 20% no total vendido sempre é preocupante”, diz.
O executivo afirma que ainda não é possível projetar, com base apenas no primeiro trimestre, se o volume exportado de minério de ferro continuará em alta ao longo de 2012. “O mesmo vale para a cotação do produto nos mercados internacionais. Se o PIB chinês crescer acima dos 7,5% projetados pelo governo, podemos pensar em alta nos preços e no volume embarcado. Do contrário, o cenário se complica”, afirma.
De acordo com informações da alfândega chinesa, as importações de minério de ferro da China somaram 62,8 milhões de toneladas em março, queda de 3,2% sobre fevereiro, mês que o país registrou o maior volume importado desde janeiro de 2011. Já no primeiro trimestre, as compras somaram 187,6 milhões de toneladas, alta de 6% sobre igual período do ano passado. Notícias veiculadas na imprensa brasileira relatam que as siderúrgicas locais elevaram as compras da commodity por causa de uma recuperação sazonal da demanda por aço. “A demanda chinesa por minério não caiu tanto quanto se imaginava. Mas o cenário econômico mundial ainda é de crise, é sempre bom lembrar”, frisa Castro.
Fonte: Revista BB