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20/04/2012
MDIC organiza missão empresarial à Líbia em busca de oportunidades de negócios
 
Pimentel aceita convite do vice-primeiro-ministro líbio para participar do esforço de reconstrução do país
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) vai organizar uma missão empresarial à Líbia no segundo semestre deste ano para identificar oportunidades de investimentos e negócios para as empresas brasileiras no país africano. A proposta da viagem foi feita pelo ministro Fernando Pimentel em resposta ao convite do vice-primeiro-ministro da Líbia, Omar Aldelkarim, que esteve no MDIC na manhã de hoje em busca de parcerias e recursos para a reconstrução de seu país.
A visita da delegação da Líbia ao Brasil é a primeira de alto nível desde a queda do ditador Muamar Kadhafi e o estabelecimento do novo governo, em 2011. “Além das obras de infraestrutura, temos de descobrir oportunidades para empresas de outros setores se instalarem na Líbia”, disse Pimentel. O ministro também mencionou a possibilidade de intercâmbio entre universitários e pesquisadores da área de petróleo e gás.
A Líbia tem a nona maior reserva de petróleo do mundo, com 46 bilhões de barris certificados, e a 20ª reserva mundial de gás natural. Essas reservas podem dobrar caso sejam confirmadas as projeções oficiais. Além desse setor, Aldelkarim fez menção a oportunidades em turismo, pesca e comércio.
“Queremos a ajuda do Brasil para desenvolver nossa economia”, disse o vice-primeiro-ministro líbio, que está no Brasil para a reunião da Parceria sobre Governos Abertos. “Durante a ditadura, não houve investimento no setor de energia, por exemplo. Nosso litoral, de 1,7 mil quilômetros, também oferece grandes possibilidades para o turismo e a indústria pesqueira”, afirmou.
A missão empresarial deve ocorrer depois das eleições gerais líbias, marcadas para junho, e do Ramadã, o mês sagrado do islamismo, que este ano ocorre entre meados de julho e meados de agosto. O comércio entre os dois países passou de US$ 70 milhões, em 2003, para US$ 1,7 bilhão, em 2008, tendo sofrido queda a partir da crise econômica de 2009 e da Primavera Árabe. No ano passado, a corrente de comércio foi de US$ 102,64 milhões.
Hoje, há quatro empresas brasileiras (Petrobras, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão) com atuação na Líbia. Sua carteira de projetos era de US$ 4 bilhões considerando-se aqueles em execução até março de 2011. A Líbia também tem investimentos no Brasil: o Banco ABC, em São Paulo, e fazendas na Bahia.
Fonte: PBCE
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