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02/04/2012
Indústria de papel exporta mais para África
 
As exportações de papel recuaram 6,2% no primeiro bimestre deste ano, mas a participação da África como destino cresceu de 5% para 7%. A produção brasileira ficou estável.
São Paulo – Enquanto as exportações brasileiras de celulose cresceram 3,1% em volume no primeiro bimestre sobre o mesmo período do ano passado, as de papel recuaram 6,2%, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). As vendas externas de celulose somaram 1,4 milhão de toneladas em janeiro e fevereiro, com receita de US$ 769 milhões, e as de papel 320 mil toneladas, com US$ 313 milhões. A queda, em receita, foi de 1,2% para a celulose e de 9,5% para o papel.

O principal destino da celulose brasileira, no exterior, foi a Europa, que respondeu por 44% das compras em receita, seguida da China, com 31%, da América do Norte, com 16%, da Ásia e Oceania, com 8%, e da América Latina, com 1%. A Ásia, onde estão alguns países árabes, teve recuo em participação, já que no primeiro bimestre de 2011 ela estava em 11%. A África, onde estão outros árabes, não comprou celulose do Brasil no primeiro bimestre deste ano e nem no mesmo período de 2011.

Já as vendas de papel foram principalmente para América Latina, com 56% de participação em receita, seguida da Europa, com 16%, da América do Norte, com 8%, da Ásia e Oceania, com 8%, da África, com 7%, e da China, com 5%. A Ásia e a Oceania ganharam participação, que estava em 6% no primeiro bimestre do ano passado, e a África também, já que era de 5% em janeiro e fevereiro de 2011.

A Bracelpa também divulgou dados de produção de celulose e papel, que ficou estável no primeiro bimestre sobre os mesmos meses de 2011. O Brasil produziu 2,32 milhões de toneladas em celulose e 1,62 milhão de toneladas em papel. Apesar disso, houve aumento na importação de celulose, em 3,2% para 64 mil toneladas. Já de papel ocorreu queda nas compras do exterior, de 12,7% para 226 mil toneladas.

"A Bracelpa continua acompanhando a importação dos produtos do setor, principalmente aqueles nos quais incide a imunidade de impostos quando são destinados à produção de livros, jornais e revistas. Dados setoriais mostram que os papéis de imprimir e escrever e papelcartão têm sido alvo de ações ilegais. Depois de serem declarados como imunes de impostos, são utilizados em outras finalidades que não para fins editoriais, concorrendo com o papel tributado, o que prejudica a concorrência justa e leva à evasão fiscal", disse a Bracelpa em material divulgado.
Fonte: ANBA.
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