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20/03/2012
Mais exportadores
 
Focado nas micro e pequenas empresas, entra em vigor, em abril, o Plano Nacional da Cultura Exportadora. Meta é elevar entre 10% e 15% ao ano, a partir de 2013, o número de exportadores no segmento.

São Paulo - A ordem é trabalhar para ganhar o mundo, num processo que começará no próximo mês. Em abril, terão início as primeiras ações do Plano Nacional da Cultura Exportadora. Trata-se de uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com outras 12 instituições para estimular as exportações entre os empreendimentos de pequeno porte de 14 estados da federação que, isoladamente, não representam nem 1% do que o Brasil vende no exterior.

Hoje, metade de tudo o que o país manda para fora sai de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Se tudo correr conforme o planejado, a meta é elevar entre 10% e 15% ao ano, a partir de 2013, o número de empresas de micro e pequeno porte que exportam no País.

O objetivo é aproveitar o momento de alta nas vendas externas do segmento, já que, de acordo com o MDIC, o volume exportado pelas micro e pequenas empresas nacionais cresceu 49% entre 2009 e 2010, para 32% de alta na média geral das exportações. Em 2010, esse grupo de empresas comercializou US$ 1,9 bilhão para o mundo. Participam do Plano Nacional da Cultura Exportadora os estados do Ceará, Amazonas, Pernambuco, Alagoas, Rondônia, Amapá, Tocantins, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí, Sergipe, Acre e Roraima, além do Distrito Federal.
“Queremos ter mais micro e pequenas empresas que exportam”, explica o gerente da área de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, Paulo Alvim. “Não faltam oportunidades e a demanda é grande em regiões como a Ásia, por exemplo”, diz.

Segundo Alvim, o Plano Nacional da Cultura Exportadora terá como primeiro passo exatamente o envolvimento dos estados e instituições em torno do projeto. “Vamos coordenar tudo para as etapas de informação, orientação e capacitação das empresas, que virá depois”, afirma.
Prêmio em Pernambuco

Em Pernambuco, um dos estados participantes do Plano, as iniciativas locais de estímulo às vendas externas incluem cursos e até um prêmio. “Já temos aqui o curso Planejando para Internacionalizar, que vai ganhar força com as medidas em âmbito nacional”, diz a gestora do projeto de Internacionalização das Micro e Pequenas Empresas do Sebrae Pernambuco, Margarida Colier. “E estamos organizando o Prêmio Exportação para Micro e Pequenas Empresas, que será um projeto piloto nosso, podendo ganhar o Brasil depois”.

Para a gestora, um dos principais méritos do Plano do MDIC com o Sebrae é exatamente a integração das atividades de apoio às vendas externas no segmento. “Quando agimos sozinhos, por estado, tudo fica mais difícil”, explica.

À frente da sua Xick Baby, de calçados infantis, no Recife, Pernambuco, o empresário Paulo Moraes também acredita na implantação de iniciativas do tipo como um suporte para exportar mais. Mas destaca a própria iniciativa dos pequenos como estratégia para crescer lá fora. “Já participei de programas locais nessa linha, como o Exportador do Futuro”, afirma. “São experiências interessantes, mas, até o momento, todas as vendas externas que eu fiz foram por meio do nosso site”, diz.

Atualmente, o empreendedor vende sapatos para a Austrália, com negociações em vista no Paraguai. E tem uma feira agendada no Panamá, na Cidade do Panamá, para o dia 21 de março. Na bagagem, a esperança de fechar novas vendas mundo afora.

Fonte: ANBA
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